Protesto de bolsonaristas em frente ao CMO chega a 54 dias com baixa participação

Iniciada no dia 31 de outubro, a manifestação dos bolsonaristas na Avenida Duque de Caxias, em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande (MS), contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno da eleição presidencial entrou, neste sábado (24), véspera de Natal, no 54º dia.

 

No entanto, a participação popular despencou nos últimos dias, conforme avaliação da Polícia Militar e dos organizadores. O movimento perdeu força faltando oito dias para Jair Bolsonaro (PL) deixar o cargo, conforme o site O Jacaré.

 

O protesto chegou a reunir 50 mil pessoas, conforme estimativa da organização, no feriado de 2 de novembro. Inconformados com a derrota de Bolsonaro, eles rezam, cantam e clamam por intervenção militar para impedir a posse do petista.

 

Com o passar do tempo, a participação começou a perder força e, nos fins de semana, em torno de 20 mil pessoas compareceriam vestidas de verde e amarelo e com a bandeira do Brasil.

 

Até autoridades, como o deputado federal reeleito Dr. Luiz Ovando (PP), o deputado estadual Capitão Contar (PRTB) e o secretário municipal de Saúde da Capital, Sandro Benites, participaram do evento.

 

No dia de ontem (22), a maior parte das barracas estava vazia à tarde e algumas tendas estavam com manifestantes em torno de quatro a cinco pessoas.

 

Outras estavam embaixo das árvores e duas pessoas agitavam a bandeira na Avenida Duque de Caxias. Conforme a PM, houve uma redução expressiva na participação das manifestações nos últimos dias.

 

Durante o dia, conforme o policial militar, há pouca gente. “Aumenta um pouquinho no início da noite, mas não de forma expressiva como foi nas primeiras semanas”, avaliou.

 

Apesar da redução no público, a PM mantém a vigilância no local para manter a ordem e impedir bloqueios, que comprometam o direito de ir e vir dos moradores da Capital.

 

A Avenida Duque de Caxias é a principal via de acesso ao Aeroporto Internacional de Campo Grande. Um dos organizadores admitiu a redução e atribuiu a pouca participação às festas de fim de ano e viagens de férias.

 

Ativo na manifestação e líder do QG Rural, Elano Holanda de Almeida tem publicado vídeos nas redes sociais. Nos últimos dias, o bolsonarista não tem escondido a frustração com a perda da força do movimento.

 

Ele contou que foi criticado por ter feito o vídeo com as ruas vazias. “As ruas estão vazias de patriotas, vazias de homens e mulheres capazes de defender o Brasília, a pátria e a família”, criticou.

 

Ele também disse que os advogados e o Ministério Público estão colocando o Brasil de joelhos para a corrupção. “Vem para as ruas, padre, pastor, evangélico, católico, ateus, cristãos”, conclamou.