Lama avança: PF nas ruas mais três na cadeia

2016-07-07-PHOTO-00000009Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal iniciaram na manhã desta quinta-feira, 07/07, ações que fazem parte da 3ª Fase da Operação Lama Asfáltica, denominada ‘Aviões de Lama’.

Cerca 20 policiais cumprem 3 mandados de prisão preventiva e 2 mandados de busca e apreensão em Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Rondonópolis (MT) e Tanabi (SP).

O objetivo é desarticular grupo criminoso que desviava recursos públicos de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas que resultou em crimes de lavagem de dinheiro.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande, especializada em crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e valores e crimes contra o sistema financeiro nacional.

Aviões de Lama

2016-07-07-PHOTO-00000012A terceira fase da Lama Asfáltica decorre da análise de documentos apreendidos na fase anterior, denominada ‘Fazendas de Lama’.

Durante esse período as autoridades conseguiram constatar que os investigados estavam vendendo patrimônios de alto valor conseguido com práticas delituosas como forma de tentar ocultar a origem do dinheiro logo depois da deflagração da primeira operação em julho de 2015.

Conforme a Polícia Federal, trata-se da alienação de aeronave no valor de R$ 2 milhões, revelando que o grupo optou por se desfazer do patrimônio para fazer a divisão do produto da venda em valores menores, como no caso, mediante a entrega de outra aeronave de R$ 350 mil, além de quatro cheques que foram destinados a quatro pessoas, fracionando o patrimônio com o objetivo de dificultar o rastreamento do dinheiro obtido com a venda do avião, para realizar a mutação desses valores em pagamento de serviços prestados, incorporando-os na economia formal.

A organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais, atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções, prestação de serviços nas áreas de informática e gráficas. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.

O motivo do nome da operação é em razão do modo de se desfazer da aeronave, já que o grupo utilizou de recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações, recebimento de propinas e crimes de lavagem de dinheiro. Os presos serão encaminhados para a Superintendência da PF em Campo Grande e as aeronaves apreendidas irão permanecer nas cidades onde forem localizadas