Juiz mantém afastados por mais 15 dias os 7 vereadores de Maracaju acusados de corrupção

O juiz plantonista Juliano Luiz Pereira decidiu manter afastados por mais 15 dias os sete vereadores de Maracaju investigados pelo DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) por corrupção. O esquema de “mensalinho” pagos a eles na gestão do então prefeito Maurilio Azambuja (MDB) para não investigarem atos do Executivo e aprovar projetos de interesse do gestor municipal é investigado no âmbito da “Operação Dark Money”.

Com a decisão, o atual presidente da Câmara Municipal, vereador Robert Ziemann (PSDB), e os parlamentares Laudo Sorrilha Brunett (PSDB), Ludimar Portela (MDB), Joãozinho Rocha (MDB), Hélio Albarello (MDB), Antonio João Marçal de Souza (MDB) e Jefferson Lopes (União Brasil) não poderão reassumir os cargos. Eles e o vereador Ilson Portela (União Brasil) foram afastados por 30 dias em 7 de dezembro do ano passado, entretanto, Portela reassumiu o mandato na terça-feira (3) beneficiado por habeas corpus concedido pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Após analisar documentos e outras provas coletadas durante as buscas do dia 7 de dezembro, o DRACCO pediu novo afastamento dos vereadores, dessa vez por 180 dias, porém, o magistrado entendeu não ser assunto para análise durante plantão judiciário e preferiu deixar a decisão para o juiz titular, que está em recesso. No entanto, para impedir o retorno imediato dos vereadores, ele prorrogou o afastamento por mais 15 dias.

Assim que o juiz titular retornar ao trabalho, a Justiça deverá analisar o novo pedido de afastamento por seis meses, inclusive em relação a Ilson Portela, pois as novas provas do esquema anexadas ao processo podem levar o Poder Judiciário a rever o retorno dele à Câmara. A decisão também para o suplente de vereador Vergílio da Banca (MDB), que deveria ter assumido após os afastamentos de dezembro, mas também é um dos investigados e ficou impedido de assumir a vaga, atualmente com a segunda suplente, Gracinha Pernambucana.

Adriano da Silva Rodrigues, o “Professor Dada”, e Toton Pradence, que exerciam mandato até 2020, também são alvos da operação acusados de receber mensalinho com dinheiro desviado do cofre público através de uma conta fantasma da prefeitura.

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