Deputados bolsonaristas de MS votam para soltar acusado de mandar matar Marielle Franco

Bolsonaristas de carteirinha, os deputados federais sul-mato-grossenses Marcos Pollon (PL-MS), Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Dr. Luiz Ovando (PP-MS) votaram, na noite de ontem (10), para que o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro (RJ), deixasse o Presídio Federal de Campo Grande (MS), onde está preventivamente preso.

Para a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão, a Câmara dos Deputados teria que formar maioria e alcançou 277 votos para que o parlamentar federal não deixe o Presídio Federal. A votação acompanhou a decisão da CCJC (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), que aprovou por 39 a 25 a manutenção da prisão preventiva.

Ainda na votação da CCJ, antes de ir a plenário, Marcos Pollon, que é o único membro titular na comissão por Mato Grosso do Sul, votou contra a prisão de Chiquinho Brazão, que foi preso no dia 24 de março pela Polícia Federal porque Ronnie Lessa, autor do homicídio e que também está preso em Campo Grande, aceitou colaborar com a Justiça por meio de delação premiada.

Lessa apontou Brazão como um dos mandantes do crime do assassinato de Marielle Franco e seu motorista Anderson Torres. Os deputados de Mato Grosso do Sul ficaram entre os 129 contrários à manutenção da prisão, sendo que ainda tiveram 28 abstenções.

Por outro lado, para que Brazão siga preso, os deputados federais sul-mato-grossenses Beto Pereira (PSDB-MS), Dagoberto Nogueira (PSDB-MS), Geraldo Resende (PSDB-MS), Camila Jara (PT-MS) e Vander Loubet (PT-MS) votaram sim.