Na UTI! Atendimento do Samu demora cerca de uma hora na Capital por falta de ambulâncias

A falta de ambulâncias em condições de uso já está afetando o atendimento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em Campo Grande (MS), chegando a demorar até uma hora, quando o ideal seriam 10 minutos. A denúncia é do vereador Dr. Victor Rocha, explicando que a maioria dos veículos está parada nas oficinas à espera de reparos.

 

“A agilidade, por exemplo, em uma parada cardíaca. Se chegar depois de cinco minutos e não tiver uma orientação de fazer uma massagem cardíaca satisfatória, o paciente já fica sequelado pra vida toda. Muitas vezes pode até ir a óbito”, alertou o parlamentar.

 

Atualmente, Campo Grande enfrenta déficit de 5 ambulâncias do Samu e aguarda o processo de locação de 10 novas viaturas. No domingo (3), o jogador de futebol José Luiz Lima, de 30 anos, caiu em um campo e bateu a cabeça em uma mureta.

 

Entre o momento do acidente e a entrada da vítima na Santa Casa se passaram duas horas. Ele teve a morte encefálica confirmada dias depois. “Campo Grande teria que ter 14 ambulâncias todos os dias. 10 ambulâncias básicas que são compostas por uma equipe com um socorrista e um enfermeiro ou um técnico de enfermagem e 4 ambulâncias avançadas, que seriam com médico, enfermeiro e socorrista”, disse o vereador.

 

“De todas as ambulâncias, a mais nova tem 4 anos de uso já. As outras têm 5 ou 6 anos. São ambulâncias aí que já rodaram mais de 350 mil quilômetros. Elas estão muito mais para ser descartadas do que uma nova”, contou o Dr. Victor Rocha.

 

Entretanto, segundo o representante da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Estado, Ronaldo Acosta, as ambulâncias são renovadas pela pasta federal automaticamente de 5 em 5 anos.

 

“É um sistema de atenção especializada, mas o município tem que preservar, tem uma estratégia de preservação das ambulâncias, de manutenção das ambulâncias”, ressalta.

 

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informa que o próprio Ministério autorizou que a Prefeitura se desfizesse de oito viaturas, que já apresentavam critérios para serem enviadas a leilão.

 

Entretanto, o Executivo Municipal alega que o Governo Federal não repôs esse número. Em contrapartida, o representante da superintendência diz que o próprio município tem aval para fazer a reposição. O último envio de veículos aconteceu em 2019.

 

“O Ministério já está doando 6 ambulâncias. Nada impede Campo Grande de comprar as ambulâncias restantes para compor a frota, porque o ministério também tem que atender outros municípios do País”, disse Ronaldo Acosta. A doação dos seis veículos acontece dentro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Com informações do site Midiamax