Nos últimos dias, as crianças de Campo Grande (MS) também estão enfrentando contaminações de ‘mão-pé-boca’. A alta de casos se dá mesmo após seis meses do alerta da SES (Secretaria Estadual de Saúde) sobre o surto da doença em Mato Grosso do Sul.
A doença contagiosa é causada pelo vírus Coxsackie, da família dos enterovírus, e pode provocar aftas na boca e lesões nas mãos e nos pés. Uma funcionária de uma creche na Capital, que não quis se identificar, afirmou que o surto do ano passado pegou os colaboradores da escola de surpresa, e depois que começaram a conhecer a doença, sabiam já como proceder.
Uma mãe contou que sua filha de um ano e três meses pegou recentemente a doença na EMEI onde ela estuda. Os primeiros sintomas a manifestar na menina foram febre e o aparecimento de algumas bolinhas.
Quando a mãe da menina a levou à escola, na segunda-feira (11), foi alertada da possibilidade da doença. Pelo menos quatro crianças da creche contraíram mão-pé-boca. O pediatra orientou a mãe de que o vírus pode transmitir até sete dias do início dos sintomas.
De acordo com o médico pediatra, Alberto Cubel, o contágio da doença pode se dar através do contato direto por saliva e fezes. A transmissão inicia antes mesmo da criança apresentar os sintomas e pode durar algumas semanas. Alguns casos podem necessitar de internação hospitalar e raramente a doença leva ao óbito.
O pediatra explica que a criança diagnosticada com a mão-pé-boca deve permanecer em repouso, se alimentar apenas com alimentos líquidos, se hidratar bastante, e com recomendação médica fazer uso de analgésicos. A prevenção maior, segundo o médico, é evitar o contato da criança que tenha manifestado sintomas, com crianças sãs.
A Gerente Técnica Estadual de Doenças Agudas e Exantemáticas, Jakeline Miranda Fonseca, também explicou que é recomendável para quem for ter contato com a criança, lavar as mãos após a troca de fraldas e o uso de lenços, e fazer o descarte em lixo fechado.