Ex-vice-presidente do Paraguai completa 11 meses sequestrado e família cobra autoridades

O sequestro do ex-vice-presidente do Paraguai, Óscar Denis, completa 11 meses e a família cobra informações das autoridades paraguaia. De acordo com o Governo do país vizinho, o rapto aconteceu em meio a execuções na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul e uma guerra de facções e atentados contra forças militares.

As filhas do ex-vice-presidente da República mantêm os pedidos que fizeram ao Governo para a libertação do pai. Eles pedem ao Estado que “leve a sério” a ameaça de “grupos terroristas”. Faltando apenas um mês para o aniversário de um ano do sequestro, que acontece em 9 de setembro de 2020, as filhas concederam uma entrevista coletiva para insistir no pedido de ajuda internacional e também cobrar ações mais efetivas das autoridades paraguaias.

“O Estado precisa levar a sério a ameaça representada pelos grupos terroristas que sequestraram Óscar Denis, Félix Urbieta e Edelio Morínigo e que já ceifaram tantas vidas inocentes”, disse a filha Beatriz Denis, durante a leitura de um comunicado.

Entenda o caso

O político paraguaio foi levado por uma milícia formada por membros do grupo guerrilheiro EPP (Exército do Povo Paraguaio)  da fazenda Tranquerita, cerca de 10 quilômetros da cidade de Yby Yaú, Concepción, nas proximidades de Bela Vista, cidade de Mato Grosso do Sul. Ele estava acompanhado pelo capataz, de etnia indígena, Adélio Mendonza, de 22 anos, quando foi retirado de dentro da sua caminhonete.

Segundo relatos de Adélio, que foi libertado um mês depois, no dia do sequestro eles foram rendidos por seis pessoas que usavam uniformes militares camuflados e estavam com rifles nas mãos. Ainda conforme o capataz, o grupo era formado por três adultos e três adolescentes que já foram identificados, mas nenhum deles ainda foi preso.