O ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), até que tentou colocar as asinhas de fora e chegou a sugerir o próprio nome para ser o candidato do partido ao Governo do Estado ou até como deputado federal nas eleições deste ano. No entanto, a alegria de pobre dura pouco e o desembargador João Maria Lós, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), colocou água no chope do ex-prefeito.
Segundo o site O Jacaré, o magistrado citou que Bernal entrou com quatro anos de atraso com a reclamação contra acórdão da corte e que não cabe recurso para rediscutir a decisão, extinguindo o processo e mantendo o ex-prefeito inelegível.
Com a extinção do processo, João Maria Lós sepulta de vez as pretensões do progressista de retornar à vida política nas eleições deste ano. Bernal recorreu, no mês passado, contra a decisão do TJMS que validou o decreto de cassação da Câmara Municipal de Campo Grande.
Na noite de 12 de março de 2014, os vereadores cassaram o mandato de prefeito e o deixaram inelegível por oito anos. Pela legislação, o prazo conta a partir da conclusão do mandato, no caso, 2016, ou seja, ele fica inelegível por este processo até 2024.
No despacho de cinco páginas, João Maria Lós enfatiza que o processo transitou em julgado em novembro de 2018, sem qualquer questionamento do ex-prefeito. Bernal também se tornou inelegível com o trânsito em julgado da condenação por improbidade administrativa pelas fraudes e desvios ocorridos nos convênios do município com a Seleta e a Omep.
Ele perdeu os direitos políticos por cinco anos, até fevereiro de 2027. Além disso, o ex-prefeito ainda terá que pagar multa milionária e ser alvo de ação, ainda a ser apresentada pelo Ministério Público Estadual, para ressarcir os cofres públicos pelos prejuízos causados.
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