Desafeto! Delegado revela que Jamilzinho tinha um “verdadeiro fascínio” para matar o Playboy da Mansão”

Durante o júri popular do empresário Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, como mandante da execução do também empresário Marcel Hernandes Colombo, o “Playboy da Mansão”, iniciado ontem (16), o delegado de Polícia Civil João Paulo Sartori que declarou, em frente aos jurados, que o réu tinha “verdadeiro fascínio em matar Colombo” após a briga entre os dois em uma boate de Campo Grande (MS).

Ele relembrou o depoimento da testemunha-chave no caso, Elaine Batalha, que citou ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) que o ex-guarda municipal Marcelo Rios recebeu R$ 50 mil para contratar pistoleiro para matar o “Playboy da Mansão”.

Segundo o delegado, o depoimento de Eliane corroborou com tudo o que a investigação já havia constatado e que Marcelo Rios efetivamente foi quem contratou os pistoleiros para executar Marcel Colombo. “Ela nos trouxe a informação de que Marcelo já conhecia o pistoleiro Juanil há algum tempo e que os dois tinham trabalhado juntos em um estacionamento, área que pertencia ao Jamil Name”, pontuou.

Sobre as pesquisas feitas por Marcelo Rios pelo nome de Marcel Colombo, Eliane ainda narrou que foi com o companheiro a uma conveniência para colocar créditos no celular, porque ele receberia a informação sobre a morte de Marcel. Como não conseguiu, ele foi informado que receberia a confirmação através das notícias.

João Paulo Sartori respondeu aos questionamentos dos promotores de Justiça Moisés Casaroto e Gerson Eduardo de Araújo. Na ocasião, confirmou as informações já dadas pelo delegado Tiago Macedo durante o depoimento na manhã desta segunda-feira. Depois, passou a ser inquirido pela defesa dos acusados.

Roteiro

Durante todo o dia de ontem, foram ouvidas as testemunhas arroladas pelo MPE (Ministério Público Estadual): três no período da manhã e duas à tarde. Ainda na segunda-feira, no período vespertino, começou a oitiva das testemunhas da defesa. No caso, três pessoas indicadas por Jamilzinho.

Nesta terça-feira (17), a partir das 8h, serão ouvidas outras duas testemunhas de Jamilzinho. Na sequência, falam as três pessoas arroladas por Marcelo Rios. Durante a tarde serão ouvidas as cinco testemunhas de Everaldo. Na sequência, vêm os interrogatórios dos réus e embates entre acusação e defesa.

A intenção é que o julgamento se estenda das 8h às 17h a cada dia. Mas, no primeiro júri da Omertà, a sessão avançou pela noite. Durante o julgamento, os sete jurados vão pernoitar em hotéis. O juiz ainda vai decidir com a parte se poderão ter acesso ao aparelho celular.