Apesar de a Polícia Militar garantir à Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) que está cumprindo sua função no protesto dos bolsonaristas em Campo Grande (MS) contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno da eleição para presidente da República, a ocupação no trecho da Avenida Duque de Caxias em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste) completa neste 26 dias neste sábado (26).
A manifestação, que começou no dia 31 de outubro, já chegou a reunir, de acordo com a própria PM, 15 mil pessoas no feriado de Proclamação da República, no dia 15 de novembro. De acordo com a PM, ao longo desses 26 dias, está sendo feita a fiscalização da movimentação, bem como a orientação para que os bolsonaristas não impeçam totalmente o fluxo de veículos.
Segundo o relatado pelo PM, os manifestantes foram orientados para que a via ocupada não fosse interditada e o direito de ir e vir da população no geral fosse garantido, bem como para que os carros não fossem estacionados irregularmente. Porém, há diversos relatos de pessoas que tentaram passar pela avenida, mas foram impedidos diante do fechamento da via.
Em outros momentos, o trânsito ficou lento por dias seguidos por conta da interdição de uma das faixas, deixando apenas um dos lados liberados. Por outro lado, a PM informou que os policiais militares permaneceram sem intervalos no local da manifestação até o dia 16 de novembro e fez um trabalho ostensivo para manter a ordem no local.
No documento, a corporação ainda lembra que a partir do dia 17 de novembro o Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande) e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) começaram a fazer a fiscalização do espaço. A partir daí, foi feita a sinalização da área em que os manifestantes estão reunidos com cones e cavaletes, bem como o aumento dos agentes que fazem a fiscalização.
Ainda segundo o ofício da PM, a fiscalização de circulação e estacionamento de veículos é de competência municipal, ou seja, o controle teria que ser feito pela Agetran. Em outro ponto do documento, a PM ainda fala que os manifestantes foram apenas orientados para que retirassem os carros que estavam estacionamento irregularmente nos canteiros, mas não deixa claro que houve expedição de multas.
A corporação ainda afirma que Agentes de Inteligência da PM colheram dados dos manifestantes para cumprir a determinação judicial expedida pelo ministro Alexandre de Morais para identificar os participantes dos protestos. Por fim, a PM afirma que a manifestação, que acontece desde o dia 31 de outubro, é pacífica e a instituição não vê a necessidade do uso da força ou outros meios, já que os agentes foram orientados a manter o diálogo.
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