Tretas do Trutis! PF mostra encenação, relação com Taurus e laranja para comprar fuzil. Tiro no pé!

A edição desta terça-feira (16) do jornal Correio do Estado traz uma reportagem em que destrincha a investigação da Polícia Federal contra o deputado federal Loester Trutis (PSL/MS), mais conhecido como “Tio Trutis”, revelando a relação dele com a fábrica de armas Taurus e como utilizou verba do seu gabinete na Câmara de Deputados para alugar prédio de empresário que foi usado como laranja para a compra de fuzil por parte do “nobre” parlamentar.

A matéria mostra que a PF descobriu que Tio Trutis tinha uma linha direta com o presidente da Taurus, Salésio Nuhs, de quem ele comprou, em nome de um laranja, um fuzil por um preço bem abaixo do mercado. Como responde a um processo por violência doméstica, o deputado federal não pode comprar armas de fogo e, por isso, teve de recorrer a assessores e amigos próximos para adquirir armamentos.

Na investigação, fica claro que o parlamentar conversou com o seu assessor Ciro Fidélis, que é seu braço-direito no gabinete e na compra de armas de fogo, informando que o presidente da Taurus deu sinal verde para a compra de um fuzil, mesmo com o deputado federal sendo impedido por lei de adquirir uma arma de fogo.

Para concretizar a operação, conforme a reportagem, Tio Trutis recorre a Jovani Batista da Silva, que comprou dois fuzis T4, sendo um para ele e outro para o parlamentar. Em uma conversa de Ciro Fidélis, obtida pela PF, é revelado o valor do fuzil: R$ 4,3 mil, bem abaixo do valor de mercado da arma que está na faixa de R$ 14 mil.

A investigação também aponta que, pelo favor de ter comprado o fuzil em seu nome, Jovani Batista ganha como agradecimento a possibilidade de alugar seu prédio em Campo Grande (MS) para o gabinete de Tio Trutis, sendo que, de setembro de 2019 a setembro deste ano, foram pagos R$ 91,2 mil. O imóvel está localizado na Rua João Pedro de Souza, 539.

Durante a Operação Tracker, a PF flagrou o armamento na casa de Tio Trutis, que acabou sendo preso e levado para a Superintendência da força de segurança federal em Campo Grande. O fuzil estava embaixo da cama do deputado federal, sendo que ele disse que a arma era de Jovani Batista e era usada para dar tiros quando vai para a fazenda.

A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a Taurus, que informou desconhecer a informação que consta no inquérito da PF. Já o deputado federal voltou a afirmar que é vítima de um refinado conluio das autoridades locais que induziram a PGR (Procuradoria Geral da República) a denunciá-lo ao STF (Supremo Tribunal Federal) por simular atentado e posse ilegal de armas de fogo.

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