TJ marca para o dia 3 de fevereiro julgamento de juiz acusado de vender sentenças. Agora vai!

Demorou, mas finalmente o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) marcou para o dia 3 de fevereiro o julgamento do juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior, afastado por peculato e corrupção passiva da 5ª Vara da Família e Sucessões de Campo Grande e denunciado por venda de sentenças. As ações do MPE (Ministério Público Estadual) contra o magistrado tramitam em sigilo e somente as iniciais do réu foram divulgadas na pauta de julgamento.

O relator do caso do juiz é o desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques, que está analisando as denúncias da PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) por fraude em precatórios milionários, lavagem de dinheiro e irregularidades em processos de inventários. Em um dos espólios, um dos herdeiros, que também foi denunciado pelo MPE, revela que fez pagamento de R$ 100 mil por uma decisão favorável.

Juiz Aldo foi afastado em 2018 e recebeu créditos de R$ 72 mil do TJ na folha de pagamento de dezembro. Alertado pelos advogados de que o juiz “gostava de dinheiro”, ele autorizou que seus quatro representantes negociassem com o magistrado. A intenção do herdeiro era impedir obra em terreno no bairro Tiradentes, em Campo Grande, que havia sido locado com autorização de sua irmã.

O juiz está afastado do cargo desde novembro de 2018 e, conforme o Portal da Transparência do TJMS, recebeu créditos de R$ 72.431 na folha de dezembro de 2020. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do juiz afastado. Com informações do site Campo Grande News