Polícia investiga se execução de empresário na fronteira teria sido por conta de agiotagem.

A Polícia Civil de Ponta Porã (MS) investiga se a execução do empresário Badih Mohamed Salém, de 49 anos, dono da loja de eletrônicos importados “Jazmin Center”, em Pedro Juan Caballero (PY), foi latrocínio (roubo seguido de morte) ou vingança de algum cliente vítima da agiotagem praticada pelo morto. De acordo com as autoridades de segurança, tanto do Estado, quanto do país vizinho, Badih Salém emprestava dinheiro a juros abusivos e, possíveis clientes insatisfeitos com a exploração, teriam “encomendado” a morte dele.

Após o assassinato, a Polícia Civil conseguiu localizar o veículo do comerciante, que tinha sido usado na fuga dos criminosos. Ele foi morto durante ataque em frente ao Café de Ponta, tradicional ponto de encontro de comerciantes localizado na área central de Ponta Porã e uma das ruas mais movimentadas da cidade.

O empresário era uma pessoa bem conhecida nos dois lados da fronteira. De origem árabe, ele integrava a diretoria da Associação Árabe de Ponta Porã, entidade que congrega a colônia na fronteira. No entendimento do presidente da Câmara de Indústria, Comércio, Turismo e Serviço de Pedro Juan Caballero, Victor Hugo Barreto, a perda de Badih Salém é significativa, uma vez que coloca novamente em xeque a segurança na fronteira e deixa os comerciantes em alerta.

“Estamos em constante contato com as autoridades paraguaias e brasileiras para que a segurança tanto em Pedro Juan Caballero quanto em Ponta Porã seja continuamente reforçada. O nosso setor mobiliza a economia local e precisa de um olhar mais cuidadoso. Temos nossas famílias e precisamos zelar pelas nossas vidas e de nossos familiares”, disse o dirigente.

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