No entanto, Delcídio do Amaral recorreu da decisão, lembrando que, no início da ação, os advogados do ex-presidente Lula pediam R$ 1,5 milhão em indenização, mas a Justiça estabeleceu o valor de R$ 10 mil. “Recorri, é claro, até porque ganhei em outras instâncias. E a ação deve voltar para a pauta ainda”, disse o ex-senador ao Correio do Estado.
Ele completou que o presidente Lula perdeu em todas as instâncias e, “por um passe de mágica, seus advogados conseguiram devolver para a primeira instância, como fazem costumeiramente, se utilizando de ‘chicanas’ jurídicas”.
“Por isso, eu recorri para restabelecer o bom Direito, sem subterfúgios, simples assim”, reforçou o ex-parlamentar sul-mato-grossense, frisando que o motivo da ação foi um processo de obstrução de Justiça no qual ambos foram inocentados. “Dá para entender o surrealismo da iniciativa dele?”, questionou o ex-senador, comentando que é uma coisa lamentável.
Na ação, o juiz Mauricio Tini Garcia deu ganho de causa ao presidente da República, mas considerou o valor solicitado de R$ 1,5 milhão desproporcional. “O dano causado no autor [Lula] pela imprecisão das declarações do réu [Delcídio] não é nem de perto equivalente às circunstâncias que envolvem o nome do autor, pelo simples fato de que ele é uma pessoa notória e de conduta amada por muitos e rejeitada por outros”, afirmou o jurista.
Segundo o magistrado, “as alegações trazidas no acordo de delação premiada firmado entre o réu e o MPF se descolaram da verdade pontualmente, sendo, no mais, utilizadas para o exarar de comando condenatório em desfavor do autor, nos autos de duas ações criminais”.
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