Juiz decreta prisão preventiva de acusados de participar da execução de jornalista na fronteira

O juiz Gustavo Amarilla, do Paraguai, decretou a prisão preventiva das nove pessoas presas por envolvimento na execução do jornalista brasileiro Lourenço Veras, o “Léo Veras”, ocorrida no dia 12 de fevereiro em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), quando ele jantava com a família em casa. Além disso, o magistrado solicitou às autoridades brasileiras documentação sobre um dos detidos, que é brasileiro e há a suspeita de que seja adolescente.

As oito pessoas que tiveram a prisão preventiva decretada são: Óscar Duarte, Arnaldo Colmán, Anderson Ríos Vilhalva, Paulo Sespedes Oliveira, Marco Aurélio Vernequez Santacruz, Luís Fernando Leite Nunes, Sancao de Sousa e Cintya Raquel Pereira Leite. Em relação à nona pessoa, o juiz aguarda os documentos solicitados ao Brasil para confirmar sua verdadeira idade, pois, pode ter apena 17 anos e, portanto, não poderia ficar presa um presídio comum.

Segundo o promotor de Justiça Marcelo Pecci, o jornalista brasileiro foi motor por incomodar, com suas “informações” e “opiniões”, o grupo criminoso controlado pelo narcotraficante brasileiro Sergio de Arruda Quintiliano Neto, mais conhecido como “Minotauro”, que está preso no Brasil.

Ele teria sido executado porque informou às autoridades brasileiras sobre a verdadeira identidade de um dos mais importantes “soldados” da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital), Ederson Salinas Benítez, mais conhecido como “Ryguasu”, que usava um documento falso com o nome de Edson Barbosa Salinas quando foi preso em Ponta Porã (MS) após uma briga no trânsito da cidade.

Marcelo Pecci disse que, sem dúvida, o ataque a Léo Veras foi realizado com ordem de “Minotauro”, que, mesmo estando preso no Brasil, ainda segue controlando a estrutura criminal do PCC na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. “Ele é o chefe, o líder e quem dá esse tipo de ordem”, concluiu o promotor de Justiça.