Em prisão domiciliar, Fahd Jamil pode voltar para a cadeia por duplo homicídio na fronteira

Em prisão domiciliar desde o dia 9 de junho, depois que pagou fiança no valor de R$ 1 milhão e colocou tornozeleira eletrônica, o empresário ponta-poranense Fahd Jamil Georges, 79 anos, pode voltar para a cela do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), em Campo Grande (MS).

Segundo o site Campo Grande News, a Promotoria de Justiça de Bela Vista (MS) recorreu de decisão da Justiça em ação na qual o “Rei da Fronteira” é réu como mandante de duplo assassinato ocorrido há 5 anos, em abril de 2016. Ao denunciar Fahd Jamil e mais três homens, dois deles desaparecidos, o promotor de Justiça William Marra Silva Júnior pediu a prisão de todos.

Quando analisou a peça, no mês passado, a juíza Jeane de Souza Barboza Ximenes Escobar entendeu não haver essa necessidade urgente Em recurso apresentado, que está para ser analisado, o representante do MPE (Ministério Público Estaduall) sustenta a necessidade da ordem de prisão para Fahd Jamil, Melcíades Aldana e Gabriel Rossi dos Santos, os acusados.

Melcíades Aldana, funcionário da família Georges, está foragido e também é réu na Operação Omertà. O quarto réu, Oscar Ferrreira Leite Neto, o “Oscarzinho”, foi o primeiro a ser denunciado e tem prisão a cumprir, mas sumiu depois do crime. Um quinto envolvido, Guilherme Gonçalves Barcelos, morreu na prisão, vítima de suicídio como informado à época.

Os executados são o servidor público Alberto Roberto Aparecido Nogueira, 55 anos, o “Betão”, e o policial civil Anderson Celin, 36 anos, ambos foram encontrados carbonizados em uma camionete, no caminho para Caracol (MS). A investigação ganhou novos elementos após a deflagração da força-tarefa da Omertà, levando ao aditamento da denúncia.

Conforme apurado pelos investigadores, o crime foi encomendado por Fahd como vingança pela execução do filho dele, Daniel Alvarez Georges, que sumiu em 2011 e foi dado como morto em 2019.

Analisando todo contexto em que se deu o crime, chega-se à conclusão de que o delito foi planejado e preparado com muita antecedência, desde a falsa motivação, que atraiu as vítimas até esta fronteira, como ainda as próprias execuções, pois a vítimas andavam armadas e somente poderiam serem mortas à traição, sem que houvesse um confronto”, diz o texto.

Gabriel Rossi já se manifestou contra a solicitação, alegando que não oferece risco às apurações. Os outros envolvidos ainda não se pronunciaram. Além dessa ação, Fahd Jamil é alvo de três processos, em Campo Grande, por chefiar organização criminosa.

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