Crime organizado pode estar organizando ataques a policiais em áreas invadidas por índios

O serviço de inteligência da Polícia suspeita que as facções criminosas que controlam o tráfico de drogas e de armas e o contrabando de cigarros na região de fronteira do Paraguai com o Mato Grosso do Sul podem estar por trás dos recentes ataques às forças de segurança nas áreas invadidas por indígenas no Estado.

Após mais uma ação de invasão em uma área particular localizada nas proximidades do Jardim Monte Carlo, no município de Dourados, policiais militares foram acionados para evitar um possível confronto entre indígenas, proprietários e seguranças.

O fato é que os incidentes estão se tornando rotina naquela região, que pela proximidade da perimetral norte, conhecidamente uma rota de entrada de drogas, armas e cigarro contrabandeado e saída de veículos roubados e furtados.

Misteriosamente, após a intensificação dos trabalhos de prevenção e repressão da Polícia Militar nas aldeias de Dourados, esses conflitos começaram a ocorrer com mais frequência sendo contabilizados somente no mês de agosto, cinco ocorrências dessa natureza foram registradas naquela área.

No dia 2 de agosto, policiais da Força Tática foram acionados para verificar uma situação de invasão e incêndio a uma área particular na região da perimetral norte, sendo recebidos por um grupo de indígenas que estariam encapuzados, de posse de foices e arremessando contra os policiais paus e pedras. A equipe gerenciou a crise e controlou a situação com apoio do corpo de bombeiros.

Já no dia 14, policiais do GETAM durante patrulhamento na Aldeia Bororó foram alvos de disparos de arma de fogo, sendo localizados nas imediações do local patrulhado 6 cartuchos deflagrados de munições calibre 38. Ninguém foi ferido e não houve prisões.

Dia 19 de agosto, policiais da Força Tática foram acionados novamente para verificar uma situação de invasão e incêndio na mesma área particular na região da perimetral norte. Foi acionado o corpo de bombeiros para controlar o incêndio. Indígenas relataram a equipe policial que seriam de Miranda e Aquidauana e que voltariam a invadir as terras.

Dia 23 de agosto, policiais da força tática foram acionados por um proprietário de terras na região do anel viário, pois indígenas teriam invadido a área e ateado fogo a uma plantação. A equipe foi alvo de disparos de arma de fogo por parte dos indígenas nessa ocorrência e reprimindo a agressão com ações menos letais, não sendo possível identificar o autor dos disparos.

Na data de ontem, 28 de agosto, realizou uma ação de prevenção próximo ao anel viário, onde aproximadamente 15 indígenas teriam invadido a mesma área e ateado fogo a vegetação.

Pelos incidentes e relatos de alguns indígenas naquela região, o movimento parece orquestrado pelo crime organizado que trouxe indígenas de fora da cidade. Lideranças das aldeias de dourados confirmam não reconhecem os indígenas como sendo da comunidade, o que reforça ainda mais essa “tese”.

É importante ressaltar que os policiais por diversas vezes foram vítimas de atentados por armas de fogo e armas brancas durante as ações de prevenção e em atendimentos de chamados e, que a região e rota das principais ações criminais, que ocorrem ou passam pela cidade.

As comunidades indignas das aldeias Bororó e Jaguapiru não têm envolvimentos nos casos de invasão e contribuem para o policiamento comunitário, preventivo e repressivo nas aldeias, através do conselho comunitário de segurança e pela ação das lideranças que acompanham os policiais em casos de crime realizados na comunidade.

Vai vendo!!!