O site Midiamax denunciou que o MPE (Ministério Público Estadual) deu aval para que o ex-coordenador da Apae-MS (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), Paulo Henrique Muleta Andrade, fosse morar na Itália e mudasse de nome quase um ano antes de pedir a prisão dele por obstrução.
Paulo Andrade é acusado por desvios de R$ 8 milhões da Apae-MS e, na segunda-feira (10), foi preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) por obstrução à Justiça.
Conforme nota oficial do MPE, um dos pontos levantados pela investigação para pedir a prisão do ex-coordenador da Apae pelos desvios de R$ 8 milhões da entidade foi a tentativa de obter cidadania italiana para deixar o país. Além disso, o Gaeco apontou que Muleta fez manobra para tirar de suas contas o valor de R$ 412 mil, passando o dinheiro para contas de terceiros.
As investigações começaram em 2021. No entanto, documento assinado no dia 30 de abril de 2024 pela promotora de Justiça Paula da Silva Volpe se manifesta a favor do pedido, sem ressalvas. Na inicial do processo, Paulo Andrade e outras cinco pessoas da família expressam claramente a intenção de deixar o país, mesmo o ex-coordenador respondendo processo por corrupção, o qual chegou, inclusive, a ser preso.
Assim, a defesa da família Muleta, agora Moletta, anexou documentos que comprovam a descendência italiana e afirma: “O objetivo da presente demanda se caracteriza pelo fato de os Requerentes estarem reunindo a documentação necessária para obter a dupla cidadania italiana, pois pretendem morar e trabalhar no país de origem de seus antepassados”.