Os 66 dias da gestão do novo prefeito de Campo Grande, Marquito Trad (PSD), já foram suficientes para a população conhecer um pouco do “jeito de governar” da nova administração. Rei da propaganda, afinal ela é a alma do negócio, o atual alcaide gosta mesmo só de divulgar o que pretende fazer um dia – só Deus sabe quando.
Pois, colocar a mão na massa, até agora nada. Se o leitor já deve ter percebido, nesses dois meses de Marquito estão sobrando buracos nas ruas de todas as regiões da Capital e faltando medicamentos nas unidades de saúde, merenda, uniformes e material escolar nas escolas e creches, iluminação pública nas vias e transporte público de qualidade.
Na área de saúde pública, a situação é tão grave que até o secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela, já estaria com as malas prontas para entregar o cargo, pois não aguenta mais passar vergonha nas entrevistas para a imprensa – quem assistiu a TV Morena na segunda-feira (6) testemunhou bem isso quando o titular da pasta só confirmava a falta de medicamentos básicos nos postos.
Os médicos que trabalham nas unidades de saúde de Campo Grande já denunciaram que há falta de medicamentos, desde os básicos até os que tratam casos mais complexos, materiais e problemas em equipamentos. A Prefeitura, por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), confirma a ausência de estoque, mas garante solução, só não sabe quando.
Remédios para náusea e vômito, por exemplo, como bromoprida e plasil estão em falta, além de cefalexina, amoxicilina e isordil, que serve para prevenção e tratamento de infarto, de acordo com profissionais da rede. Em algumas unidades, não estão funcionando a máquina de eletrocardiograma, monitor cardíaco, desfibriladores e coisas ainda mais básicas como abaixador de língua, que é o instrumento médico utilizado para exame da boca e da garganta, e anestésico para fazer sutura.
Porém, não é só na saúde o problema, pois, na educação a situação já está crítica desde o mês passado, com a falta de merenda para as crianças das creches e das escolas. As crianças já iniciaram o ano letivo sem material escolar e uniformes, mas agora a situação se agravou com a falta de merenda, sendo que, no caso de alguns, a escola e a creche são os únicos locais onde têm uma alimentação recomendada. Agora, nem isso elas têm.
Na parte de transporte público, o caos é total, já que, além de não ter ar-condicionado quase que na totalidade dos ônibus – uma promessa de campanha de Marquito -, agora a falta de manutenção nos veículos – quase todos sucateados – está colocando em risco a vida dos passageiros, pois, até as portas dos ônibus estão caindo.
Para agravar, o serviço de UBER – caronas pagas – está sob risco com um decreto baixado pelo prefeito, que, sem dar explicações, quer transformar o serviço em um novo tipo táxi. A ideia é penalizar a nova alternativa de transporte, beneficiando a “máfia dos táxis”, que controla quase que a totalidade dos alvarás do serviço na Capital.
Até quando senhor prefeito teremos de conviver com tantas irregularidades e descaso? O povo que votou em você quer saber!!!