Reviravolta: Funcionária era amante de pecuarista assassinada e queria dinheiro

O latrocínio – roubo seguido de morte – da Andreia Aquino Flores, 38 anos, ocorrido na tarde de ontem (28) em um condomínio de luxo no Bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande (MS), teve uma reviravolta nesta sexta-feira (29). De acordo com o site Midiamax, uma das funcionárias da pecuarista – identificadas como Jéssica Neves Antunes, 43 anos, e Lucimara Rosa Neves, 24 anos, mãe e filha – era amante da vítima e o plano inicial era dar um susto para receber um pix de R$ 50 mil.

 

A funcionária – não foi revelado se era a mãe ou a filha – tinha um relacionamento amoroso com a pecuarista e estaria devendo um agiota no valor de R$ 5 mil. Foi combinado, então, entre as duas funcionárias um falso roubo onde elas convidaram o cunhado de uma delas para fazer parte do plano, que tinha como alvo o valor de R$ 50 mil. O trio teria se encontrado em uma pastelaria para acertar detalhes do plano três dias antes.

 

Elas ainda teriam ido até uma loja, no Bairro Tiradentes, para comprar um simulacro e um boné. No dia do crime, às duas funcionárias foram até ao supermercado deixando o carro sem travar, para que o cunhado entrasse e fosse com elas até o condomínio. Ainda no mercado o cartão delas não teria passado pela compra de R$ 700 e Andreia, então, teria feito um pix no valor de R$ 1 mil.

 

Já quando o trio chegou ao condomínio, o rapaz teria visto a estrutura do local e passou a falar para a cunhada que queria o valor de R$ 80 mil e não mais os R$ 20 mil, que receberia da divisão dos R$ 50 mil. Quando entraram na casa, Andreia reagiu e acabou sendo espancada pelo autor que tampou sua boca e ela acabou morrendo asfixiada.

 

Achando que a pecuarista estava viva ainda, o trio a levou para a parte superior da casa, onde a amarraram e jogaram água nela na tentativa e acordá-la. Mas, Andreia já estava morta. Nisso, o trio foi embora para simular que os criminosos haviam feito as mulheres reféns.

 

Segundo investigações da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) no primeiro momento, as duas funcionárias afirmaram terem sido sequestradas em um supermercado e forçadas pelos bandidos a irem para o condomínio, sendo que nesse momento, a pecuarista foi morta.

 

Mas, foi descoberto pela investigação que as duas funcionárias teriam chamado o cunhado de 23 anos, de uma delas para participar do falso roubo. Para simular o crime, durante o trajeto do supermercado e a residência da vítima, os autores pararam para pegar um simulacro de arma. O simulacro foi encontrado na bolsa de uma das mulheres.

 

O trio pretendia obter uma importância aproximada de R$ 20 mil que deveria ser exigida da vítima mediante transferência bancária pix no momento do assalto. Ainda de acordo com a delegado Francis Flávio Tadano Freire, da Derf, o corpo de Andreia estava molhado.

 

Segundo o que dizem as funcionárias, elas jogaram água na mulher para tentar acordá-la porque achavam que a vítima não estava morta. Sobre outra investigação tocada pela Polícia Civil que tinha Andreia como autora, em relação a tentar mantar o ex-marido, o delegado confirma que existe a apuração mas que, segundo a DERF, não há relação com o crime desta quinta-feira (28).

 

Ainda segundo a polícia, a pecuarista tinha relação de anos com as funcionárias. Ela seria, inclusive, madrinha de um dos filhos das mulheres. As duas devem passar por audiência de custódia somente no sábado (30).

 

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