Vai vendo: Sem duplicação e com obras atrasadas na BR-163, CCR MSVia terá de reduzir pedágio

A farra parece que está acabando para a concessionária CCR MSVia, que literalmente “explora” o trecho da BR-163 em Mato Grosso do Sul, isso porque, como forma de pressioná-la, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) reduzirá o valor cobrado dos motoristas nas nove praças de pedágio ao longo da rodovia.

Para quem não sabe, a concessionária paralisou as obras de duplicação no ano passado e não aderiu à medida provisória para que elas pudessem ser reprogramadas. Por isso, conforme o gerente substituto de fiscalização e controle de operações da ANTT, Anderson Santos Bellas, garantiu, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, que a responsabilidade do órgão federal é fiscalizar o cumprimento do contrato e que o preço da tarifa deve ser proporcional às condições da rodovia.

Os novos valores das tarifas ainda estão em estudo e não há o porcentual de queda, mas, até junho os novos preços serão definidos, porém, atualmente, o pedágio para carros de passeio varia entre R$ 5,00 e R$ 7,80. A CCR MSVia justifica que os atrasos nas obras são decorrentes da falta de dinheiro e do cenário econômico.

Conforme o contrato original firmado com a ANTT, a CCR MSVia deve duplicar 322,5 quilômetros da BR-163, mas, até agora, só 138,5 quilômetros foram duplicados. Há algumas metas de trabalho, conforme o ano de concessão, que não foram alcançadas.

No primeiro ano de concessão, foram duplicados 138,5 quilômetros, ultrapassando a meta de 129 quilômetros. Para isso, foram utilizados R$ 2 bilhões. Já para o segundo ano o contrato prevê mais 193,5 quilômetros de duplicação. Somados, os trechos duplicados até o segundo ano resultam em 322,5 quilômetros, porém o prazo vence em maio deste ano e até agora 184 quilômetros ainda nem tiveram suas obras iniciadas.

Na prática, é impossível que a concessionária consiga cumprir o prazo e deve tentar a revisão do contrato, pedindo mais tempo e sem redução dos valores dos pedágios. Ou seja, os motoristas que arquem com a falta de compromisso da empresa, porém, quem garante que ela vai cumprir um eventual novo prazo?

Vai vendo!!!