Vai e vem, vem e vai! Por precaução Juiz manda Jamil Name e Jamilzinho continuarem em Mossoró

Os empresários campo-grandenses Jamil Name, 83 anos, e o filho dele, Jamil Name Filho, 42 anos, mais conhecido como “Jamilzinho”, vão continuar presos no Presídio Federal de Mossoró (RN) sob a acusação de chefiar uma milícia armada responsável por várias execuções em Campo Grande (MS).

Presos desde 27 de setembro de 2019 durante a “Operação Omertà”, a defesa de ambos tentava transferi-los para o Sistema Penitenciário da Capital, mas o juiz Mário José Esbalqueiro, da 1ª Vara da Execução Penal de Campo Grande, determinou que eles continuem no Rio Grande do Norte, onde estão há quase um ano.

Segundo o magistrado, não há necessidade de manter os presos em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), com ainda mais restrições a visita e banho de sol em relação ao restante da massa carcerária. Ele pede que o juiz-corregedor Walter Nunes da Silva Junior acate a inclusão de pai e filho por mais três anos, prazo máximo previsto para a permanência nesse tipo de estabelecimento prisional.

A determinação é resposta a pedido do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), referendado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), alegando a descoberta de que mesmo no sistema penal, dedicado à custódia dos presos mais perigosos do País, os Name seguiam dando ordens na milícia armada alvo da “Operação Omertà”.

Desde que houve a prisão, dois planos para atacar autoridades envolvidas com as investigações foram descobertos, um logo depois da Omertà, quando pai e filho estavam no CT (Centro de Triagem) Anísio Lima, em Campo Grande, e outro em junho deste ano, de dentro do presídio federal de Mossoró. Outros motivos destacados no documento são os episódios envolvendo declarações de Name em audiências criminais, uma delas oferecendo propina milionária a integrantes do judiciário, inclusive ministro, e outra ameaçando policial em meio a depoimento.

Essa é uma segunda inclusão de Name no sistema prisional federal. Havia outra, determinada em outubro de 2019, cujo prazo de 365 dias vence na segunda-feira, 5 de outubro. Caso não houvesse a renovação, o preso octogenário seria transferido para presídio estadual, como quer a defesa dele.

Para o magistrado, a posição de relevância atribuída aos impõe a reclusão em presídio destinado a presos perigosos. A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e Depen (Departamento Penitenciário Nacional), ligado ao Ministério da Justiça, defenderam a manutenção de Jamil e Jamilzinho onde estão cumprindo prisão preventiva.

O juiz também decidiu também que dois policiais civis que estão no presídio nordestino, Vladenilson Olmedo e Márcio Cavalcanti da Silva, devem voltar para Campo Grande e ser levados para cumprir prisão preventiva no estabelecimento penal da Gameleira, na saída para Sidrolândia. Com informações do site Campo Grande News