Triste revelação! Mãe de Eliza relata como contou ao neto sobre execução a mando de goleiro Bruno

A dona de casa Sônia Silva Moraes, mãe da modelo Eliza Samudio, que foi assassinada a mando do goleiro Bruno em 2010, contou, nesta semana, quando contou para o neto Bruno Samudio, 10 anos, filho do jogador de futebol com a filha dela, toda a tragédia. Conforme ela, foi somente no ano passado que teve coragem de relatar o crime encomendado pelo pai dele, que acabou condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo crime, mas que já está cumprindo a pena em liberdade.

“Sempre falei para ele que na hora que ele quisesse saber a verdade, eu contaria. Ele ficou assustado, porque eu contei que o pai dele matou uma pessoa e havia tentando contra a vida de uma outra, mas que essa outra pessoa estava viva e bem. Mas quando ele me fez a pergunta: ‘quem era a outra pessoa’, eu respondi: ‘era você’. Ele ficou se perguntando o porquê e eu disse que ainda não sabia”, relatou Sônia Moraes.

A avó, que tem a guarda do menino e atualmente mora em Anhanduí, distrito do município de Campo Grande (MS), diz que durante todos esses anos vem filtrando as informações que chegam ao neto para não o machucar ainda mais. “Ele só não tem conhecimento da forma como a mãe foi assassinada. Sempre quando passa algum noticiário sobre o pai dele, eu pego e desligo a TV. Fico vigiando, mas uma hora ele vai entrar na internet e descobrir muitas coisas. Ele sabe que a mãe dele foi morta, que os assassinos sumiram com o corpo e que o pai foi condenado”, informou.

Ela completa que as pessoas acham que ele é uma criança que odeia o pai e não é. “Outro dia mesmo ele falou para uma amiga minha que perguntou se ele tinha raiva, mágoa ou ódio do pai, e ele respondeu: ‘Não posso ter raiva nem amor daquilo que eu não conheço'”. De acordo com Sônia Moraes, Bruninho não quer contato com o pai e afirma ainda que vai respeitar a vontade da criança caso um dia ele queira se aproximar do goleiro.

“Até hoje ele não manifestou a vontade de conhecer o pai, mas se ele quiser, eu vou respeitar. Não posso fazer uma escolha por ele. Vou apoiá-lo. Mas hoje o meu neto não quer ter contato com o pai. Afinal de contas, tiraram o bem maior dele, a mãe”, disse a mãe de Eliza Samudio. A família vive da renda do marido de Sônia, que trabalha com tapeçaria. O menino estuda em uma escola particular da região e adora brincar com amigos e com os animais de estimação (duas calopsitas e quatro cachorros). Sônia tem mais um filho, de 21 anos.

Ela conta que a primeira vez que falou do goleiro com o neto foi quando Bruninho tinha 6 anos e afirma que nunca incentivou que a criança alimentasse ódio pelo pai. “Diferentemente de alguns comentários que eu vejo, eu não promovo o ódio do Bruninho contra o pai dele. Não faço alienação parental contra o pai. Eu, pessoalmente, deveria querer que o Bruno sumisse da face da Terra, mas não é isso. Quero que ele viva, que Deus abençoe a vida dele, porque o que ele fez com a minha filha, ele vai pagar aqui”, declarou.

Durante a conversa por telefone, Sônia se mostra indignada com o fato de Bruno estar cumprindo a pena em regime aberto e ter voltado a jogar. “Ele tirou a vida da minha filha e o direito do meu neto de ter a mãe por perto. No entanto, ele mesmo sendo um assassino, não teve os direitos tirados pela Justiça. O Bruno anda livremente para tudo quanto é canto, não tem uma vigilância. Não é justo”, disse indignada.

Ainda durante a entrevista, a mãe de Eliza Samudio chora ao lembrar o que aconteceu com a filha. “Não tenho ódio do Bruno, mas eu tenho muita dor. E essa dor que eu tenho, eu carrego todos os dias comigo. E você pode ter certeza que é a mesma dor que o meu neto carrega, sabendo que tem um pai assassino e que o próprio pai mandou matar a mãe”, falou. Sônia Moraes informou que o goleiro Bruno entrou com o pedido de DNA em 2014 em Mato Grosso do Sul, onde a criança mora com os avós maternos, exigindo que o exame fosse feito em Minas Gerais.

“Por que fazer esse exame em Minas Gerais se o domicílio do meu neto é aqui em Campo Grande?”, questionou a avó de Bruninho, Sônia Silva Moraes, de 54 anos, informando que o pedido de DNA está no STF. Ela afirma ainda que chegou a oferecer material genético dela e do neto para que fosse feito um exame em 2010, mas que o próprio Bruno teria dito que não precisava da comprovação de paternidade, pois, segundo Sônia, o jogador dizia saber que o menino era seu filho.

“Em 2010, eu ofereci o meu material genético e do meu neto para fazer o exame de DNA, e o Bruno não quis. E ele toda a vida disse que não tinha necessidade de fazer porque ele era o pai. Por que que agora diz que não pode ser o pai?”, afirma a mãe de Elisa. Em entrevista ao site ContilNet, Bruninho disse, através de um áudio enviado pela avó, que o pai não deveria estar solto. “No mínimo, ele deveria ficar em prisão perpétua, porque eu acho uma sacanagem tirar a vida de um ser humano. Não existe nenhum motivo que explique isso. Nenhum. Infelizmente ele é uma ameaça para a sociedade, e eu me sinto muito ameaçado com isso”, desabafou o menino.