Tretas do Trutis! Com medo de represália deputado foge de votação e está entre os piores de MS

O deputado federal Laerte Trutis (PSL/MS), mais conhecido como “Tio Trutis”, “amarelou” e deixou de comparecer à sessão da Câmara dos Deputados que votaria a manutenção ou não do veto do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), ao reajuste dos servidores públicos federais até o fim da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Político que se elegeu do nada, do dia para noite, sustentado pela popularidade do então candidato a presidente Jair Bolsonaro, ele achou melhor faltar à sessão para evitar problemas com o funcionalismo público federal nas próximas eleições e também para não sofrer algum tipo de punição pelo Palácio do Planalto, que já mandou avisar a senadora Soraya Thronicke (PSL/MS), que votou contra a manutenção do veto, a perda dos cargos comissionados indicados por ela.

Como de bobo não tem nada, o “nobre” parlamentar correu da votação e escondeu-se. Como a votação foi por videoconferência, cuja manifestação poderia ser feita em qualquer lugar do Brasil, não se tinha motivo para faltar, uma vez que “Tio Trutis” dispõe de senha de acesso, demonstrando que a ausência foi proposital para evitar possíveis represálias, sejam elas por parte do Planalto, sejam elas por parte dos eleitores que são funcionários públicos federais ou parentes deles.

No entanto, a postura do deputado federal não causou surpresa para ninguém, pois, desde que tomou posse, passou a utilizar as redes sociais divulgando informações falsas sobre suposta economia de recursos da Câmara dos Deputados. O site MS em Brasília, cujos repórteres têm longa vivência profissional no Congresso Nacional, desmentiu e provou essas mentiras do “Tio Trutis”.

Em um ano de mandato, ele virou notícia nacional sobre esquema de repassar entre R$ 30 mil e R$ 35 mil mensais a um escritório de advocacia de Campo Grande como “consultoria”. O MS em Brasília destrinchou a farsa, provando que a Câmara dos Deputados oferece todo o tipo de consultoria aos parlamentares e a elaboração de projetos de lei, por exemplo, é feita por consultores concursados.

Em seguida, veio o caso da assessora-namorada, Raquelle Lisboa Alves, pré-candidata a vereadora (acredite, ele quer plantar sua semente), com quem ele mora em Campo Grande, afrontando a regra sobre nepotismo às barbas do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul. A moça chegou a viajar, em janeiro deste ano, durante o recesso parlamentar, com recursos da Câmara dos Deputados. Foram mais de R$ 7 mil em passagens aéreas em um único mês.

Teve também o suposto atentado a que “Tio Trutis” teria sido vítima, quando viajava de Campo Grande para Sidrolândia. Até agora a Polícia Federal no Estado não apresentou resultado, caso que qualquer perito em início de carreira teria desvendado rapidamente pela forma com quem tudo teria ocorrido.

As sucessivas tretas tem colocado o nobre parlamentar num triste ranking e despertado a ira de parte da imprensa. “O pior da história de MS” escreveu o site MS em Brasília.