Soldados do Paraguai venderam armas apreendidas do Comando Vermelho para narcotraficante

O Ministério Público do Paraguai denunciou, ontem (5), que soldados da Diretoria de Material de Guerra das Forças Armadas venderam armas apreendidas com integrantes da facção criminosa brasileira Comando Vermelho para o narcotraficante paraguaio Jorge Teófilo Samudio González, mais conhecido como “Samura”.

De acordo com a denúncia, foram comercializados fuzis e pistolas automáticas que foram apreendidas no dia 4 de outubro de 2018 quando o Comando Vermelho tentou resgatar o líder do grupo Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, mais conhecido como “Marcelo Piloto”, de dentro do Agrupamento Especializado, em Assunção, capital do Paraguai.

Os promotores de Justiça foram até a sede da Diretoria de Material de Guerra das Forças Armadas em busca de 7 fuzis, sendo dois de calibre 7,62 mm e cinco de calibre 5,56 mm, e 15 pistolas de calibre 9 mm. Em teoria, todas essas armas deveriam estar armazenadas no local para serem destruídas, porém, uma das pistolas foi novamente apreendida no último dia 25 de março deste ano em poder de Freddy Esteban González, 24 anos, que é um dos pistoleiros que, em 11 de setembro de 2019, resgatou o narcotraficante “Samura”.

Esse fato motivou o Ministério Público a investigar o caso, pois, tudo levou a crer que militares das Forças Armadas do Paraguai estavam comercializando as armas apreendidas com o Comando Vermelho para o grupo de Samura. No depósito da Diretoria de Material de Guerra das Forças Armadas, além da pistola, também não se encontrava mais várias outras armas apreendidas com diferentes grupos criminosos.