Sobrevivência! Apesar de decreto não ter saído, 350 comerciantes da fronteira reabrem as suas lojas

À beira da falência devido ao fechamento da fronteira provocada pela pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19), 350 comerciantes de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), decidiram reabrir as portas por falta de resposta há mais de 150 dias por parte da falta do decreto entre Paraguai e Brasil.

Com isso, das 550 lojas fechadas, cerca de 350 já voltaram a funcionar em horário flexível, de acordo com Victor Hugo Barreto, presidente da Câmara de Indústria, Comércio, Turismo e Serviço de Pedro Juan Caballero. Parte das barreiras montadas pelos militares foram desativadas, dando acesso a moradores de Ponta Porã e de cidades vizinhas.

O que era para voltar à normalidade na última terça-feira (29), agora, está sem data para acontecer. A forte manifestação marcada para acontecer, como forma de protesto aos cinco mil desempregados, foi desmarcada. A princípio, a expectativa era reunir mais de duas mil pessoas para protestarem e realizar queima de pneus, retirada de fiação, fechamento da Alfândega, do Porto e de outras instituições públicas.

Segundo Roberto Sánchez, que é um dos organizadores do manifesto, após uma longa reunião, chegou-se à conclusão de que o manifesto não seguiria em frente. Contudo, o grupo de manifestantes não tem data para uma nova manifestação e decidiu aguardar a resposta dos governos brasileiro e paraguaio.