Seria o caos! Médico do Paraguai alerta que sem restrições pessoas vão morrer de Covid nas ruas

Se em Mato Grosso do Sul já começou a 3ª onda da Covid-19, no Paraguai a situação agravou de vez. O médico Carlos Morínigo, chefe de contingência e coordenador do Instituto Nacional de Enfermidades Respiratórias e do Ambiente do país vizinho, alerta que, se não adotar medidas de restrição para frear o contágio pelo coronavírus, pessoas vão morrer nas ruas sem atendimento em decorrência de complicações da doença.

Em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS) os leitos de UTI estão ocupados. Ao cobrar ações urgentes por parte do governo do presidente Mario Abdo Benítez, o médico disse que a situação da pandemia é incontrolável naquele país que tem pelo menos 1.100 quilômetros com Mato Grosso do Sul.

São sete cidades sul-mato-grossenses consideradas gêmeas de cidades paraguaias, onde a linha internacional é apenas uma rua e a circulação de pessoas é livre de ambos os lados da fronteira. Pedro Juan Caballero e Ponta Porã (MS), por exemplo, possuem juntas quase 210 mil habitantes.

“Estamos conscientes da situação econômica atual, mas não podemos mais ignorar nossos doentes e mortos. É nosso dever falar da realidade em defesa de um diálogo nacional pela saúde de todos os paraguaios”, afirmou Morínigo em entrevista coletiva.

Diante do colapso sanitário, o médico pediu quarentena total por pelo menos duas semanas. “Nossa única esperança é a vacinação massiva, mas isso é impossível pela quantidade de vacina que chega”, afirmou ele, segundo o jornal Diário Hoy. Com 51.780 pessoas totalmente vacinadas (duas doses), o Paraguai imunizou até agora apenas 0,7% da população de pelo menos 7 milhões de habitantes.

“Se não forem adotadas medidas mais restritivas, teremos tempos sombrios para nossa nação, vendo nossos pacientes morrerem nas ruas”, disse o médico ao citar a necessidade de lockdown devido ao aumento das mortes entre a população economicamente ativa.

Carlos Morínigo pediu ao governo a adoção de ajuda necessária aos setores da economia que serão afetados e decretar confinamento por 14 dias. Ele também apelou à população para fazer quarentena por conta própria, para salvar vidas. Com informações do site Campo Grande News