Semana começa com pistoleiros executando advogado que já voi preso por tráfico

Pistoleiros que agem na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul executaram, nesta segunda-feira (25), em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), o advogado Joel Angel Villalba Aguero, 45 anos, que era ligado ao tráfico de drogas. Com essa morte, o número de execuções na região chega a 154 somente neste ano, sendo 14 mortes em janeiro, 10 em fevereiro, 21 em março, 8 em abril, 18 em maio, 16 em junho, 16 em julho, 19 em agosto, 17 em setembro e 15 em outubro.

Ele tinha sido preso pelo menos duas vezes em território brasileiro, a primeira em 2006, no Paraná. Ex-funcionário público e filiado ao Partido Liberal, Joel Aguero foi morto a tiros na frente de sua casa no Bairro Dom Bosco, sendo que chegou a correr para dentro da residência, mas foi crivado de balas e morreu, sendo que o pai dele foi ferido de raspão. O advogado e a mulher, Dalcy Antonia Sanchez de Escobar, foram presos em junho de 2006 em Curitiba (PR) quando entregavam 8 quilos de cocaína ao uruguaio Daniel Makoto Hirai Torii.

A droga estava no estepe de uma caminhonete Hyundai com placa do Paraguai. Os dois paraguaios foram flagrados por policiais federais quando entregavam a chave do carro ao uruguaio, na rodoferroviária da capital paranaense. A prisão dos três traficantes revelou naquele ano a rota Pedro Juan Caballero-Curitiba-Montevidéu. Ele confessou que tinha sido contratado na época por R$ 2 mil para levar a droga da fronteira com Mato Grosso do Sul até Curitiba. De lá, a cocaína seria levada por Daniel Torii até a capital uruguaia.

No início do ano passado, após cumprir a pena por tráfico internacional de drogas, Joel Aguero foi oficialmente expulso do território brasileiro. A portaria com a expulsão foi publicada no Diário Oficial da União no dia 6 de abril de 2020.