Se tá ruim, pode piorar! Em lua de mel, promotor paraguaio é executado em praia da Colômbia

O promotor de Justiça Marcelo Pecci, do Paraguai, foi executado, ontem (10), na praia de Cartagena das Índias, na Colômbia, onde estava em viagem de lua de mel. Ele comandava as ações do Ministério Público do país vizinho contra o crime organizado, narcotráfico, lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo.

Marcelo Pecci atuava, inclusive, no combate aos cartéis que dominam o tráfico de drogas na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Ele e a esposa, a jornalista Claudia Aguilera, estavam em uma praia de Cartagena onde é possível chegar apenas de barco. Ele teria sido alvejado por três tiros.

A vítima esteve à frente das principais operações contra o crime organizado deflagradas no Paraguai. A principal delas é a “Ultranza PY”, que desmantelou o gigantesco esquema de envio de cocaína em navios para a Europa.

Empresários, políticos e pessoas ligadas à igreja evangélica foram presos e outras ainda estão sendo procuradas após a apreensão de aviões, caminhões, rebanhos bovinos, carros superesportivos, iates e dezenas de imóveis.

Ele também atuava nos grandes casos ocorridos na linha internacional. O mais recente foi a chacina de quatro pessoas em Pedro Juan Caballero, em outubro do ano passado. Até agora, o crime não foi totalmente esclarecido.

Suspeito

A Polícia da Colômbia divulgou a imagem de um homem suspeito de envolvimento na execução do promotor de Justiça. De acordo com testemunhas, o promotor foi atacado por dois homens e um deles era de origem estrangeira.

A dupla teria pago 200 mil pesos colombianos (o equivalente a R$ 250,41) pelo aluguel de 30 minutos dos jet skis utilizados para chegar até a praia privada onde o promotor foi morto, no Hotel Decamerón, na província de Barú, em Cartagena das Índias. Toda a ação, entretanto, teria durado cerca de 16 minutos.

Depois de assassinarem o promotor, os criminosos retornaram ao local onde alugaram os jet skis, deixaram as motos aquáticas e fugiram. Um segurança do hotel também foi ferido pelos disparos. Em nota divulgada à imprensa colombiana o Hotel Decamerón informou que não vai divulgar mais detalhes da execução, mas que está à disposição da polícia na investigação.

O diretor geral da Polícia Nacional da Colômbia, general Jorge Luis Vargas Valencia, foi até a cidade de Cartagena para liderar as buscas pelos assassinos do promotor Marcello Pecci. Cinco investigadores do alto escalão da polícia colombiana também foram encaminhados para ajudarem na investigação, que conta até com o apoio de autoridades dos Estados Unidos.