Recuperados 260 quilos de explosivos roubados em pedreira. Tudo era para caixas eletrônicos

A Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) recuperou, ontem (15), 260 quilos de dinamite e dois rolos de cordel detonante que tinham sido roubados em 2016 de uma pedreira localizada em Terenos (MS). De acordo com o delegado de Polícia Civil Gustavo Ferraris, a carga de explosivos apreendida fomentaria “crimes violentíssimos” em Mato Grosso do Sul e também em outras localidades.

Ele informa ainda que se trata da maior apreensão de explosivos do Estado e só foi possível graças às informações repassadas por um denunciante aliada ao trabalho investigatório dos policiais. Esse tipo de material costuma ser usado em ações criminosas contra bancos e essa quantidade seria possível explodir mais de 800 caixas eletrônicos ou derrubar um prédio de no mínimo 10 andares.

O delegado acrescenta ainda que em abril de 2016 homens armados invadiram a pedreira São Luís para levar bananas de dinamite, no total de 275 quilos. Os bandidos roubaram 11 caixas contendo 25 quilos de dinamite cada, além de 836 metros de cordel. Na ação que localizou parte do material explosivo agora, foi preso o dono do imóvel, de 26 anos, e a cunhada dele, de 24 anos.

Para a Polícia, ele disse não ter recebido nada para guardar o produto, a pedido da mulher, sendo 131 bananas de dinamite. Ela, por sua vez, disse que a ordem para ficar com o material partiu do ex-marido, de dentro de presídio. A autoridade policial explicou que, a partir de agora, vai se desenvolver a investigação para esclarecer o caso. O que já se sabe, afirmou, é que esse tipo de carga é usado por organizações perigosas em ações criminosas de vulto.

As bananas de dinamite estavam debaixo da cama da casa do rapaz, que vivia ali com mulheres e dois filhos, de idades não precisadas. O morador disse que estava guardando os produtos havia mais de um ano. O cordel detonante estava no armário da cozinha. Foi o rapaz quem indicou a mulher como a pessoa que pediu para guardar. A partir daí, ela foi localizada e presa no Bairro Zé Pereira.

Segundo a conta apresentada pelo delegado, 300 gramas de dinamite são suficientes para explodir um terminal eletrônico. Para retirar a carga da residência, foi preciso preservar a área. O Garras (Delegacia Especializada de Apoio a Roubo, Assaltos e Sequestros) prestou apoio. Para utilizar esse tipo de artefato, os fios com material explosivo são enrolados nas bananas de dinamite e é usado detonador.

Não havia esse aparelho com as pessoas presas. Agora, depois da fase de investigação, incluindo perícia, vai ser avaliado se haverá a devolução à pedreira ou se tudo será encaminhado ao Exército, que fiscaliza o uso de explosivos no Brasil. Os dois presos foram enquadrados em posse ilegal de artefato explosivo, cuja pena é de até três anos de reclusão. Com informações do site Campo Grande News