Ele explicou que, para que isso possa ser executado, um Grupo de Trabalho Interinstitucional foi criado pelo Governo do Estado, em dezembro do ano passado, para traçar metas a serem apresentadas até abril. A bacia do Rio Formoso é a que tem maior importância econômica e ambiental para a região e, por isso, esse grupo vai olhar para todos os fatores de impacto ambiental que a exploração, não só do turismo, mas que as atividades econômicas como um todo podem trazer.
As equipes vão mapear a região, apontar onde estão os riscos e agir de forma proativa. Ainda para esta semana está prevista viagem até Bonito para visitar alguns atrativos turísticos, bem como iniciar o monitoramento da qualidade da água semanalmente, em parceria com o Senai.
Desde dezembro, quatro câmaras técnicas foram criadas para tratar de temas específicos. Ainda de acordo com Falcette uma das temáticas que têm avançado é sobre o saneamento da cidade.
Outro ponto que também já ficou definido pelo grupo é a parceria com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que tem o maior Centro de Estudos Hidrogeológicos do Brasil, que irá fazer o levantamento sobre a bacia do rio. O estudo firmado com a faculdade ultrapassa R$ 2 milhões.
O Rio Formoso é uma das joias naturais de Bonito e tem 140 km de extensão. Conforme explica o secretário-executivo, ainda existe uma discussão de onde ele nasce. A resposta é que o rio surge de uma cavidade no chão, próximo a uma pedra de 8 metros de largura, em uma fazenda localizada em Bonito.
O Rio Formoso não é uma nascente, ele é um processo de ressurgência de outros rios. As águas cristalinas de Bonito têm pedido socorro com pontos sensíveis de assoreamento e episódios de turvamento cada vez mais frequentes.
Existem dois tipos, o de causas naturais e outro que traz um aspecto mais esbranquiçado. Outra preocupação envolve também questões químicas da água. Por isso, a qualidade será monitorada semanalmente.
Além da Semadesc, também faz parte do grupo o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul); Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica); Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística); Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos); Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul).
Além disso, também vão compor o grupo dois representantes da Prefeitura de Bonito e um representante da Ambiental MS Pantanal, entidade formada em parceria entre a Aegea, empresa provedora de saneamento, e a Sanesul, empresa pública de saneamento de Mato Grosso do Sul.
A criação foi oficializada no dia 20 de dezembro do ano passado, no Diário Oficial do Estado. O grupo terá o prazo de 120 dias, a contar da data da publicação, para concluir o projeto. O prazo vencerá em 18 de abril, mas poderá haver prorrogação por igual período.