Projeto do Governo do Estado vai mapear riscos ambientais para preservar Rio Formoso

O secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Artur Falcette, detalhou ao site Campo Grande News que o município de Bonito, principal destino do ecoturismo do Estado, terá projeto que irá mapear os riscos ambientais para preservar a bacia do Rio Formoso.

Ele explicou que, para que isso possa ser executado, um Grupo de Trabalho Interinstitucional foi criado pelo Governo do Estado, em dezembro do ano passado, para traçar metas a serem apresentadas até abril. A bacia do Rio Formoso é a que tem maior importância econômica e ambiental para a região e, por isso, esse grupo vai olhar para todos os fatores de impacto ambiental que a exploração, não só do turismo, mas que as atividades econômicas como um todo podem trazer.

As equipes vão mapear a região, apontar onde estão os riscos e agir de forma proativa. Ainda para esta semana está prevista viagem até Bonito para visitar alguns atrativos turísticos, bem como iniciar o monitoramento da qualidade da água semanalmente, em parceria com o Senai.

Desde dezembro, quatro câmaras técnicas foram criadas para tratar de temas específicos. Ainda de acordo com Falcette uma das temáticas que têm avançado é sobre o saneamento da cidade.

Outro ponto que também já ficou definido pelo grupo é a parceria com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que tem o maior Centro de Estudos Hidrogeológicos do Brasil, que irá fazer o levantamento sobre a bacia do rio. O estudo firmado com a faculdade ultrapassa R$ 2 milhões.

O Rio Formoso é uma das joias naturais de Bonito e tem 140 km de extensão. Conforme explica o secretário-executivo, ainda existe uma discussão de onde ele nasce. A resposta é que o rio surge de uma cavidade no chão, próximo a uma pedra de 8 metros de largura, em uma fazenda localizada em Bonito.

O Rio Formoso não é uma nascente, ele é um processo de ressurgência de outros rios. As águas cristalinas de Bonito têm pedido socorro com pontos sensíveis de assoreamento e episódios de turvamento cada vez mais frequentes.

Existem dois tipos, o de causas naturais e outro que traz um aspecto mais esbranquiçado. Outra preocupação envolve também questões químicas da água. Por isso, a qualidade será monitorada semanalmente.

Além da Semadesc, também faz parte do grupo o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul); Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica); Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística); Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos); Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul).

Além disso, também vão compor o grupo dois representantes da Prefeitura de Bonito e um representante da Ambiental MS Pantanal, entidade formada em parceria entre a Aegea, empresa provedora de saneamento, e a Sanesul, empresa pública de saneamento de Mato Grosso do Sul.

A criação foi oficializada no dia 20 de dezembro do ano passado, no Diário Oficial do Estado. O grupo terá o prazo de 120 dias, a contar da data da publicação, para concluir o projeto. O prazo vencerá em 18 de abril, mas poderá haver prorrogação por igual período.