Presos na 3ª fase da Operação Omertà, delegado e investigador são afastados pela Polícia Civil

Presos na 3ª fase da Operação Omertà, delegado e investigador são afastados pela Polícia Civil

O delegado de Polícia Civil Mário Shiro Obara e o investigador Célio Rodrigues Monteiro, que foram presos durante a 3ª fase da “Operação Omertà”, estão oficialmente afastados da Polícia Civil a partir desta quarta-feira (23). Os dois são acusados de usar as respectivas funções para dar apoio às organizações criminosas em Campo Grande (MS) e Ponta Porã (MS).

O delegado Mário Obara atuava até o ano passado na DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), que investigava os crimes de execuções ocorridos na Capital. Ele é suspeito de receber propina de R$ 100 mil para proteger os bandidos, inclusive com destruição de provas.

O delegado chegou a ser transferido para Ponta Porã, mas voltou para a DEH e, quando a operação estourou, foi para 2ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Monte Castelo. Já o investigador Célio Monteiro, mais conhecido como “Manga Rosa”, estava atuando na DEH e um dos indícios contra ele são repasses de valores por parte do delegado suspeito no valor de R$ 60 mil.

As defesas dos dois policiais civis contestam as acusações, sendo que Mário Obara afirma ter recebido herança da mulher e tem, além da prisão preventiva da “Operação Omertà”, uma prisão em flagrante por estar com fuzil irregular. No entanto, a defesa alega que a arma foi apreendida em Amambai e ele pegou para fazer manutenção, com autorização do responsável pela delegacia da cidade fronteiriça.

Já a defesa de Célio Monteiro alega que o cliente tomou emprestado dinheiro de Mário Obara e pagou. As defesas de ambos informaram que iriam entrar com pedido de habeas corpus para os clientes. Os dois estão presos na 3ª Delegacia de Polícia Civil.