Polícia recebe nova denúncia e outro motorista de aplicativo é suspeito de abusar de passageira

As delegadas de Polícia Civil Elaine Benicasa e Ana Luiza Noriler, ambas da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), informaram ontem (14) que mais um motorista de aplicativo é investigado por abuso sexual contra passageira. Elas revelaram que esse outro motorista é investigado por ato libidinoso contra uma vítima e o modo de agir do criminoso é diferente do outro suspeito, já preso, sendo identificado que se trata de um outro autor.

Até o momento não foram repassadas mais informações sobre o caso, que segue em investigação. Por enquanto, segue preso temporariamente desde o dia 9 de junho, o motorista de aplicativo Adriano da Silva Vieira, de 38 anos, que chegou a alegar para a Polícia que tem “problemas sexuais”. Além de ser usuário de drogas, ele também teria problemas psicológicos e alegou que os atos libidinosos contra as passageiras seriam a única forma de se satisfazer, já que era impotente porque tomava medicamentos.

O motorista verificava sempre se a passageira estava sozinha antes da viagem. Para o acusado, não havia diferença de idade ou perfil, bastava apenas que fosse mulher. Quando chegava para buscar a passageira, ele confirmava as informações e, no trajeto, dava alguma desculpa para desviar a rota. Nos casos identificados, o motorista disse que iria abastecer o carro ou que precisava pegar algum pertence em outro lugar.

Então, seguia para locais ermos e escuros, onde fazia o uso de drogas e depois tentava atacar as passageiras. Nem mesmo a vítima que estava em ligação telefônica com o marido intimidou o acusado. A Polícia Civil identificou que o motorista usava a trava de segurança do carro para manter as vítimas presas no veículo. A trava de criança impossibilita que as portas sejam abertas pelo lado de dentro, inclusive foi por isso que a última vítima do motorista acabou precisando abrir a janela para conseguir fugir.

Todos os crimes foram cometidos sob ameaça, sem uso de violência. Em um dos casos, ele chegou a dizer para a vítima que a levaria para uma mata, caso ela não aceitasse masturbar o suspeito. Além disso, ele dizia que tinha informações pessoais das vítimas e que sabia onde elas moravam. As passageiras foram atacadas no banco de trás do veículo. O que a Polícia Civil identificou é que o motorista se programava para cometer os estupros. Duas das vítimas conseguiram fazer o reconhecimento facial, enquanto uma terceira não conseguiu. Isso porque ela ficou em choque com o ocorrido, muito nervosa.