Polícia do Paraguai prende na fronteira homem que executou mãe e filha. Acusado ainda estava armado

A Polícia Nacional do Paraguai prendeu, na noite de sábado (29), em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), Antônio César Cavalheiro Soares, acusado de executar a tiros a ex-sogra Erika Rodrigues Salomão, de 39 anos, e a filha dela, Naila Vitória Rodrigues, de 20 anos, que era sua ex-mulher e com quem tinha um filho de cinco meses.

Segundo informações da Polícia, ele estava com uma pistola calibre 9 mm e foi abordado próximo a uma base de segurança, após ficar nervoso com a aproximação dos policiais e acabou levantando desconfiança. Depois da vistoria, foi identificado que Antônio Soares estava foragido pela morte de mãe e filha, sendo preso em flagrante e levado para a delegacia de Pedro Juan Caballero.

Na semana passada, o criminoso estaria refugiado na região de Cerro Corá, onde teria lavouras de maconha nos arredores do Parque Nacional da região. Naila Vitória Rodrigues foi executada a tiros de pistola calibre 9 mm quando chegava ao Hospital Regional de Ponta Porã, onde trabalhava. Alvejada ainda sobre a moto, ela caiu e morreu na calçada.

Sem se preocupar em esconder o rosto, Antônio Soares chegou ao local em um carro da Toyota e cometeu o crime na frente das pessoas que passavam pela rua. Dali, ele foi até a Vila Maria Auxiliadora, a mil metros de distância, e matou a ex-sogra enquanto ela trabalhava no setor de frutas e verduras da loja 2 do Supermercado Sol.

Ele usou outra arma para executar Erika Salomão, já que não foram encontradas cápsulas deflagradas, ao contrário do ocorrido no local da morte de Naila Rodrigues. A Polícia apreendeu imagens de câmeras do mercado mostrando a execução. O carro usado nos crimes também foi apreendido depois de ser encontrado abandonado na casa de outra ex de Antônio. Ele teria fugido de moto.

A filha e a mãe foram mortas 35 dias após a jovem deixar Antônio Soares. O casal morava em Pedro Juan Caballero. Depois de ser chutada, ameaçada e levar cusparada no rosto do ex-companheiro, ela o deixou e foi morar com a mãe no lado brasileiro da fronteira.

No dia em que a mulher saiu de casa, Antônio Soares prometeu que iria matá-la se ela o deixasse e se o denunciasse à Polícia. Naila Rodrigues procurou a Polícia Militar em Ponta Porã para denunciar as agressões do dia 1º de abril, mas não seguiu a orientação dos PMs de comunicar o caso também à Polícia Civil e à Polícia Nacional, pois a violência doméstica havia ocorrido em território paraguaio.