Polêmica continua! Entidade quer explicação de Coronel por mandar prender Capitão em suposta homofobia

A prisão do capitão PM Felipe dos Santos Joseph no último dia 8 de julho supostamente por ele ser homossexual assumido ainda está repercutindo. A RENOSP-LGBTI+ (Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Intersexos e outros) encaminhou ao procurador-geral de justiça do Estado, Alexandre Magno Benites de Lacerda, pedido de apuração de um suposto abuso de autoridade praticado pelo tenente-coronel PM Antônio José Pereira Neto no episódio.

Segundo relatos da defesa do capitão PM, ele foi preso ao deixar “sem autorização”, uma sala onde estava o tenente-coronel PM após ter denunciado falas homofóbicas de colegas da corporação, inclusive do próprio oficial superior. No documento encaminhado ao procurador-geral de Justiça, a entidade, que tem sede em Brasília (DF), esclarece que a solicitação não diz respeito aos fatos que em tese configurariam homofobia, uma vez que Felipe Joseph já as noticiou aos órgãos competentes para a sua apuração.

A RENOSP-LGBTI+ /lembra que durante a audiência de custódia, no dia 9 de julho, já foi atestada a ilegalidade da prisão. Na ocasião, o juiz Albino Coimbra Neto libertou o capitão PM por entender que não houve desobediência, uma vez que o assunto não tinha relação com o serviço militar. A entidade ainda ressalta a gravidade da situação, que ocorreu justamente após as denúncias das práticas homofóbicas, inclusive envolvendo o responsável pela prisão, e pede que seja apurada a conduta do tenente-coronel PM. O procurador-geral de Justiça ainda não deu um parecer sobre a solicitação.