Pistoleiros que mataram casal eram profissionais e usaram três calibres diferentes

Perícia feita pela Polícia Civil de Ponta Porã revela que pistoleiros usaram armas de três calibres para executar Wellington Bruno Alves, de 26 anos, e a esposa dele, Daiane Dias Constanci, 28 anos, na madrugada de ontem (13), em Ponta Porã (MS). Ao todo, foram recolhidas 75 cápsulas no local onde o casal foi executado e os criminosos usaram fuzis calibre 5,56 mm e 7,62 mm e pelo menos uma arma calibre 9 mm, que poderia ser uma pistola ou uma submetralhadora.

Segundo o site Campo Grande News, as armas com esses mesmos calibres foram usadas na execução de Joari José Paz de Lima, 39 anos, ocorrida no dia 8 deste mês no Jardim Ivone, também em Ponta Porã. Também ex-presidiário, Joari de Lima estava na varanda da casa acompanhado da mãe e da mulher e, ao ver uma SUV Trailblazer branca, com placa do Paraguai, dobrando a esquina, tentou fugir e esconder-se atrás de uma árvore no quintal.

A caminhonete parou em frente à casa e desceram vários homens armados que dispararam dezenas de tiros na direção do ex-presidiário. Atingido por tiros no corpo e na cabeça, ele morreu na hora e, no local, foram encontrados cartuchos deflagrados de fuzil calibres 7,62 mm, 5,56 mm e 9 mm.

Já na madrugada de ontem, o presidiário do semiaberto Wellington Bruno Alves e a mulher dele, Daiane Dias Constanci, foram crivados de tiros dentro de um HB20 sedan com placa de Mato Grosso do Sul. O casal tinha acabado de sair de um cassino em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã.

O carro estava estacionado do lado brasileiro, por isso o crime está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã. Até agora não há qualquer pista dos criminosos. Os pistoleiros estavam em um carro escuro, não identificado. Não há testemunhas oculares da dupla execução, assim como ocorre na maioria dos assassinatos na fronteira