Com essas mortes, o número de execuções na região chega a 139 somente neste ano, sendo 14 mortes em janeiro, 10 em fevereiro, 21 em março, 8 em abril, 18 em maio, 16 em junho, 16 em julho, 19 em agosto e 17 em setembro. No caso da primeira morte, um vídeo registrou o momento em que o segurança Rafael Robles dispara contra o vendedor ambulante Fabian Arar, o “Chincho”, após ele lhe ter dado um tapa na cabeça.
Após ser preso em flagrante pelo crime, o segurança, que trabalhava na Loja Estrella, disse que o disparo foi acidental. No entanto, as imagens mostram ele engatilhando a arma e atirando na vítima à queima roupa. As imagens revelam que Chincho deu um tapa na cabeça do segurança, sem motivo algum. Imediatamente, Rafael Robles revida a agressão acertando a arma nas costas do vendedor ambulante.
Na sequência, Fabian Arar dá socos no segurança, o empurrando contra um tipo de poste, momento em que um outro vigilante separa a dupla. O vídeo mostra que o vendedor ambulante já tinha sido puxado de perto do segurança pela testemunha, quando Rafael Robles acertou o disparo no peito da vítima, que morreu no local. O segurança foi preso em flagrante e encaminhado para a sede da Polícia Nacional do Paraguai.
Outra morte
Visto como polêmico, o advogado Nestor Ramón Echeverria foi candidato a vereador em Pedro Juan Caballero durante as eleições de outubro do ano passado e era conhecido por fazer críticas contra as autoridades locais. Após participar de uma manifestação política na noite de ontem, ele e outros três amigos, que se intitulavam os “quatro fantásticos”, estavam bebendo em uma lanchonete, quando homens em uma motocicleta e também em um veículo, passaram atirando por várias vezes contra a vítima, que morreu na hora.
Antes do crime, o advogado chegou a gravar um vídeo dançando com os companheiros, dizendo que já estava comemorando a vitória nas próximas eleições. Os atiradores fugiram logo após o crime e ainda estão sendo procurados pela polícia paraguaia.