Pistoleiro de Minotauro é apontado como autor de disparo contra tabacaria em Campo Grande

A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de que Marcos Paulo Pereira Valdez, de 28 anos, seja um dos homens que abriram fogo contra uma tabacaria na Rua Euclides da Cunha, em Campo Grande (MS), na madrugada de sábado (28). Ele é considerado um dos “cabeças” do narcotraficante Sérgio Arruda Quitiliano, mais conhecido como “Minotauro”, membro da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital).

Conhecido por chefiar o crime organizado na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, Minotauro foi preso em 2019 em um condomínio de luxo de Balneário Camboriú (SC) graças ao apoio de policiais federais de Mato Grosso do Sul. Entre os crimes atribuídos a ele está o assassinato do policial civil Wescley Dias Vasconcelos, 37 anos, ocorrido no dia 6 de março de 2018, em Ponta Porã (MS).

No sábado (28), Marcos Paulo estava acompanhado de João Pedro de Souza Martins, 27 anos, e Celso Patrick Gabilão Marques, 25 anos, na tabacaria. Eles teriam discutido com um militar do Exército, de 22 anos, e chegaram a afirmar que pertenciam ao “Comando de Ponta Porã”. Depois, abriram fogo contra o estabelecimento e fugiram em um Chevrolet Cruze blindado.

Na região da Rua 14 de Julho, a equipe da Guarda Municipal flagrou os suspeitos em alta velocidade e na contramão. Ordem de parada foi dada, mas o trio fez uma manobra arriscada e fugiu. Eles foram perseguidos, mas conseguiram escapar. Momentos depois, o Cruze foi encontrado abandonado na área da antiga rodoviária.

Além de ser apontado como um dos cabeças do grupo de pistoleiros de Minotauro, Marcos Paulo fez parte da fuga em massa do Presídio de Pedro Juan Caballero em janeiro de 2020. Na ocasião, 75 presos fugiram da penitenciária em um plano que custou R$ 6 milhões à facção criminosa PCC.

O objetivo da fuga era resgatar seus principais líderes regionais que estavam no presídio e fortalecer o efetivo para fazer frente à guerra travada há anos com os rivais da facção carioca Comando Vermelho. Já Celso Patrick Gabilão, que estava com o grupo que abriu fogo contra a tabacaria, também é procurado pela Polícia. Em julho de 2019, na disputa pelo controle da fronteira, ele foi ferido a tiros em Ponta Porã durante atentado. Com informações do site Campo Grande News