Segundo o site Midiamax, áudios demonstraram que Andreia Flores desconfiava de Lucimara Neves e queria demiti-la. “Ah, não! Ninguém vai palpitar, principalmente, empregada”, dizia a vítima na mensagem que tinha enviado a um familiar. Ela ainda falava que queria trocar de funcionária, mas antes precisava achar outra empregada.
Andreia Flores estava à procura de uma funcionária de confiança para lavar, passar, fazer a comida. Na mensagem, ela ainda falava que Lucimara Neves só estava na casa porque devia serviço para a pecuarista, já que quase não trabalhava mais.
Em uma mensagem enviada pela prima de Andreia Flores, há o relato de que a pecuarista afirmava que preferia morrer a assinar qualquer papel, já que tudo que ela tinha era do filho. A mensagem se refere a documentos que a irmã de Andreia Flores queria que ela assinasse para quitar uma dívida de venda de gado, no valor de R$ 8 milhões.
Ainda segundo informações, quando teriam ido até à casa de Andreia Flores para entregar papéis a ela, a pecuarista não teria recebido, mas teria flagrado quando Lucimara Neves deliberadamente recebeu os documentos. Enquanto a vítima era asfixiada pelo cunhado de Lucimara Neves no dia do crime, ela em uma tentativa de se defender mordeu a mão do acusado, deixando um ferimento.
Quando preso, na segunda-feira (1º), ele confessou o crime. O homem afirmou que, junto das funcionárias da pecuarista, tentava obter o valor de R$ 50 mil. O trio esperava que Andreia fizesse uma transferência via PIX durante o roubo. O autor também falou sobre os objetos roubados da casa, no dia do crime. Foram recuperados uma caixa de som e um notebook pertencentes à vítima. Ele planejava fugir para o Paraguai.
O rapaz foi detido no Centro de Recuperação da sitioca Ouro Fino. Assim que os policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) chegaram, ele começou a chorar. O rapaz seguiu ainda chorando até a delegacia e não falou sobre o crime, nem mesmo confessou.
Equipes da Derf se deslocaram de Campo Grande para Dourados para que o suspeito fosse interrogado. Ele responde pelo latrocínio de Andreia Flores e foi acusado pela cunhada de matar a vítima asfixiada. As duas autoras, Lucimara Neves e Jéssica Neves Antunes, de 24 anos, mãe e filha, relataram que viram o acusado colocar um pano na boca da pecuarista e ainda a esganar.
Durante as investigações do assassinato pela Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), foi descoberto que o homem envolvido no crime havia sido procurado um dia antes pela cunhada, uma funcionária de Andreia Flores. O encontro ocorreu por volta das 19 horas, na casa dele.
Segundo as investigações e os depoimentos, a conversa entre o homem e a funcionária de Andreia teria durado cerca de 30 minutos, no portão da residência. Logo após a conversa, ao entrar em casa, o acusado teria relatado à esposa que iria fazer uma ‘fita’. Ela ainda teria falado: “amanhã vou arrumar bastante dinheiro”.
A irmã da acusada presa contou que tentou desencorajar o companheiro de fazer o roubo, mas ele não recuou. Ela ainda afirmou aos policiais que a acusada pelo assassinato ainda teria falado que daria ao cunhado R$ 10 mil e que era para ela ficar com a metade. Nesse momento, a mulher disse que não participaria de nada.
No dia do crime, o homem saiu por volta das 9 horas dizendo: “vou ir lá”. Depois de 3 horas, por volta do meio-dia, a mulher recebeu um telefonema do companheiro dizendo: “a casa caiu. Eu acho que a Andreia morreu”.
O homem chegou até a casa da companheira carregando uma mala, que ela disse não saber o que havia dentro. Em seguida, o acusado no crime falou que formataria o celular e compraria outro chip. Já por volta das 15 horas do mesmo dia, a mulher recebeu mensagens do envolvido no crime dizendo que estava com medo. A mensagem enviada teria vindo de um celular com DDD de Mato Grosso.
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