Pecuarista assassinada em condomínio de luxo na Capital queria demitir funcionária. Cadeia nelas!

A pecuarista Andreia Aquino Flores, de 38 anos, que foi assassinada por asfixia no dia 28 de julho em um condomínio de luxo em Campo Grande (MS), já desconfiava da funcionária Lucimara Rosa Neves, de 43 anos, que era sua amante e planejou o latrocínio – roubo seguido de morte. Preso em Dourados (MS), o cunhado de Lucimara Neves, Pedro Benhur Ciardulo, de 21 anos, confessou, na segunda-feira (1º), em depoimento, ter matado asfixiada a vítima.

Segundo o site Midiamax, áudios demonstraram que Andreia Flores desconfiava de Lucimara Neves e queria demiti-la. “Ah, não! Ninguém vai palpitar, principalmente, empregada”, dizia a vítima na mensagem que tinha enviado a um familiar. Ela ainda falava que queria trocar de funcionária, mas antes precisava achar outra empregada.

Andreia Flores estava à procura de uma funcionária de confiança para lavar, passar, fazer a comida. Na mensagem, ela ainda falava que Lucimara Neves só estava na casa porque devia serviço para a pecuarista, já que quase não trabalhava mais.

Em uma mensagem enviada pela prima de Andreia Flores, há o relato de que a pecuarista afirmava que preferia morrer a assinar qualquer papel, já que tudo que ela tinha era do filho. A mensagem se refere a documentos que a irmã de Andreia Flores queria que ela assinasse para quitar uma dívida de venda de gado, no valor de R$ 8 milhões.

Ainda segundo informações, quando teriam ido até à casa de Andreia Flores para entregar papéis a ela, a pecuarista não teria recebido, mas teria flagrado quando Lucimara Neves deliberadamente recebeu os documentos. Enquanto a vítima era asfixiada pelo cunhado de Lucimara Neves no dia do crime, ela em uma tentativa de se defender mordeu a mão do acusado, deixando um ferimento.

Quando preso, na segunda-feira (1º), ele confessou o crime. O homem afirmou que, junto das funcionárias da pecuarista, tentava obter o valor de R$ 50 mil. O trio esperava que Andreia fizesse uma transferência via PIX durante o roubo. O autor também falou sobre os objetos roubados da casa, no dia do crime. Foram recuperados uma caixa de som e um notebook pertencentes à vítima. Ele planejava fugir para o Paraguai.

O rapaz foi detido no Centro de Recuperação da sitioca Ouro Fino. Assim que os policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) chegaram, ele começou a chorar. O rapaz seguiu ainda chorando até a delegacia e não falou sobre o crime, nem mesmo confessou.

Equipes da Derf se deslocaram de Campo Grande para Dourados para que o suspeito fosse interrogado. Ele responde pelo latrocínio de Andreia Flores e foi acusado pela cunhada de matar a vítima asfixiada. As duas autoras, Lucimara Neves e Jéssica Neves Antunes, de 24 anos, mãe e filha, relataram que viram o acusado colocar um pano na boca da pecuarista e ainda a esganar.

Durante as investigações do assassinato pela Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), foi descoberto que o homem envolvido no crime havia sido procurado um dia antes pela cunhada, uma funcionária de Andreia Flores. O encontro ocorreu por volta das 19 horas, na casa dele.

Segundo as investigações e os depoimentos, a conversa entre o homem e a funcionária de Andreia teria durado cerca de 30 minutos, no portão da residência. Logo após a conversa, ao entrar em casa, o acusado teria relatado à esposa que iria fazer uma ‘fita’. Ela ainda teria falado: “amanhã vou arrumar bastante dinheiro”.

A irmã da acusada presa contou que tentou desencorajar o companheiro de fazer o roubo, mas ele não recuou. Ela ainda afirmou aos policiais que a acusada pelo assassinato ainda teria falado que daria ao cunhado R$ 10 mil e que era para ela ficar com a metade. Nesse momento, a mulher disse que não participaria de nada.

No dia do crime, o homem saiu por volta das 9 horas dizendo: “vou ir lá”. Depois de 3 horas, por volta do meio-dia, a mulher recebeu um telefonema do companheiro dizendo: “a casa caiu. Eu acho que a Andreia morreu”.

O homem chegou até a casa da companheira carregando uma mala, que ela disse não saber o que havia dentro. Em seguida, o acusado no crime falou que formataria o celular e compraria outro chip. Já por volta das 15 horas do mesmo dia, a mulher recebeu mensagens do envolvido no crime dizendo que estava com medo. A mensagem enviada teria vindo de um celular com DDD de Mato Grosso.

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