Passageira denunciou tentativa de estupro ao InDriver dias antes de nova investida

Uma passageira vítima de tentativa de estupro por parte do motorista de aplicativo Adriano da Silva Vieira, 38 anos, denunciou o maníaco ao aplicativo de transporte InDriver dias antes de uma nova tentativa de violência sexual contra outra passageira. De acordo com o site Campo Grande News, a estudante de 27 anos alertou a InDriver sobre a tentativa de estupro no dia 1º de junho.

“O motorista tentou me estuprar (…) estou avisando aqui pq esse homem não pode ficar pegando corridas, q a gente acha q está segura”, disse a estudante sobre a conduta do motorista de aplicativo Adriano Vieira cinco dias antes de um novo ataque praticado por ele contra uma nova passageira. Ele está preso desde o dia 7 de junho.

Os prints desse pedido de socorro constam na solicitação de prisão preventiva contra o motorista de aplicativo. No documento, é possível ver que o suporte do InDriver responde com as perguntas automáticas de praxe e não consta qual a providência foi tomada sobre o caso.

A Polícia Civil solicitou informações das empresas para saber o que foi feito depois do relato enviado ao suporte disponível para passageiros pelo InDriver. O relato da jovem foi feito ao InDriver na madrugada de 1º de junho, horas depois do ataque sofrido por ela.

No relato encaminhado ao InDriver, a vítima contou tudo que aconteceu desde que pediu corrida do Bairro Coophavilla para a região das Moreninhas. “Ele estava usando [pasta] base, veio pela BR, pegou meu celular e ficou se masturbando na minha frente”, contou. “Ele me prendeu no carro por quase ou mais de uma hora”.

O suporte enviou a resposta automática, encaminhada para qualquer tipo de reclamação. “Lamentamos o ocorrido Sra *****. Nos informa mais detalhes sobre a corrida, como data, horário e nome do passageiro”. Nos prints anexados ao inquérito, não consta se a resposta final do suporte para a passageira.

A delegada Ana Luiza Noriler, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), disse que as empresas estão colaborando com a investigação, mas ainda não há informação se a InDriver tomou alguma providência prática sobre o caso, como relatar às polícias locais ou entrar em contato com as outras plataformas, já que é muito comum que o mesmo profissional trabalhe com vários aplicativos.

Segundo a delegada, a Polícia Civil pediu informações às empresas pelos contatos oficiais e aguarda informações sobre as comunicações dos fatos narrados pelas vítimas. A empresa não tem sede no Brasil e todos os contatos encontrados são por e-mail. A reportagem questionou se o InDriver tomou alguma providência quando soube do relato e ainda não obteve resposta.

Em relação ao Uber, a informação já divulgada é que o motorista foi expulso da plataforma assim que soube do ocorrido. A reportagem entrou em contato com a assessoria da 99 para saber quando a empresa foi notificada pela passageira do que aconteceu e aguarda retorno.

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