Pantanal Cap dá calote em clientes que compraram título de capitalização que prometia até uma casa

A empresa de título de capitalização Pantanal Cap tornou público ontem (09) o que todos já temiam: os clientes que compraram os boletos para o sorteio programado para o último domingo (06) não serão reembolsados. O consultor de gestão da empresa Guto Dobes até chegou a afirmar para o site Campo Grande News que os valores pagos já estavam sendo devolvidos nesta semana, porém, a empresa corrigiu a informação e disse que não tem como devolver o dinheiro por causa de decisões judiciais.

Segundo o deputado estadual Jamilson Name, titular da empresa Fena Consultoria e Assessoria Empresarial e que detém os direitos da Pantanal Cap, a estimativa de devolução de 60%, que tinha sido considerada por Guto Dobes, não procede. A empresa de título de capitalização foi alvo da 6ª fase da Operação Omertà, denominada “Arca de Noé”, deflagrada na última quarta-feira (02) e a Pantanal Cap foi lacrada e proibida de realizar sorteios por determinação da juíza Eucelia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande.

Uma nota explicando o motivo da suspensão das devoluções foi publicada nas redes sociais da empresa, onde antes eram respondidos como os clientes poderia ter o dinheiro de volta. “Suspendam imediatamente e até posterior comunicação qualquer ação em relação aos negócios da empresa, incluindo, mas não se limitando, a comercialização de títulos, recebimento de valores, devolução de valores, dentre outros, sob pena de desrespeito à ordem judicial”, diz a nota.

Os valores que devem voltar para os clientes são referentes a compras das cartelas do sorteio que devia ter sido realizado no último domingo (06), posterior a lacração de empresa. Os prêmios variam de 2 mil a carros e até uma casa, como estava sendo oferecido no sorteio de fim de ano. Após o fechamento da empresa, a Fena Consultoria e Assessoria Empresarial foi à Justiça e tentou derrubar a decisão, mas o pedido ainda está sob análise do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que deu prazo de 15 dias para que a defesa faça ajustes no pedido de reabertura.

Vai vendo!!!