Olarte tem recurso negado pelo TJMS que mantém condenação por corrupção e lavagem de dinheiro

O ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (sem partido), teve negado pela 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) recurso impetrado contra a sentença do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal da Capital.

Dessa forma, foi mantida a pena de quatro anos e seis meses em regime fechado por compra de casa no residencial de luxo Damha II com dinheiro desviado da Prefeitura Municipal.

O desembargador José Ale Ahmad Netto, relator do caso, negou mudar a pena imposta pela primeira instância, posicionamento seguido pelos demais colegas da 2ª Turma do TJMS.

Também estão arrolados nesse processo a ex-primeira-dama Andréia Nunes Zanelato Olarte, o corretor de imóveis Ivamil Rodrigues de Almeida e o empresário Evandro Simões Farinelli.

A defesa do ex-prefeito e dos demais réus pediam ao TJMS a anulação da condenação, porém, o MPE (Ministério Público Estadual) queria ampliar o tempo das penas. O quarteto foi considerado culpado por ocultar R$ 1,3 milhão na compra do terreno e construção de uma mansão no residencial de luxo Damha II e quase uma dezena de imóveis.

O juiz Roberto Ferreira Filho condenou Olarte a quatro anos e seis meses de prisão, Andréia, a quatro anos e três meses, Ivami e Evandro, ambos a três anos e seis meses de detenção.

Com mais esse revés, Olarte soma 12 anos e 10 meses em sentenças por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele cumpre, desde maio de 2021, pena de oito anos e quatro meses no semiaberto, após conseguir progressão de regime.

O pastor obteve o benefício porque conseguiu remissão de 73 dias na pena ao trabalhar por 220 dias no presídio onde está por ter aplicado golpe do cheque em branco em fiéis da Assembleia de Deus Nova Aliança do Brasil.

No entanto, o infortúnio do ex-prefeito de Campo Grande parece não ter fim. No mês passado, o juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal, aceitou a denúncia por estelionato contra Olarte, a gerente do Banco Safra, Alessandra Carilho de Araújo, e o empresário Diego Aparecido Francisco. Eles são réus por terem aplicado o golpe do falso leilão de um prédio em um casal de evangélicos, que acabou tendo prejuízos de R$ 800 mil.

O magistrado concluiu que as provas demonstram que houve o suposto crime. O casal de empresários, que conheceu Olarte na igreja Assembleia de Deus Nova Aliança do Brasil, caiu no golpe de que comprariam um prédio na Avenida Gunter Hans, no Jardim Tijuca. Com informações do site O Jacaré