Olarte sofre nova derrota na Justiça e vai continuar no xilindró por corrupção

Não foi dessa vez que o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, conseguiu sair da cela que ocupa desde o dia 5 de maio na Penitenciária Estadual de Regime Fechado da Gameleira, mais conhecida como “Supermáxima”, na Capital, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com o site Campo Grande News, o desembargador José Ale Ahmad Neto negou pedido da defesa para libertá-lo, pois, no entendimento do relator do pedido de revisão criminal no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), feito pelo advogado Karlen Karin Obeid, não ficou comprovado “erro judiciário grosseiro” ou “nulidade flagrante” na sentença que mandou o cliente para a cadeia.

José Neto ponderou ainda que a revisão criminal não impede o cumprimento de condenação, “não assegurando ao réu, por conseguinte, o direito de aguardar em liberdade o julgamento do pedido”, conforme entendeu o STF (Supremo Tribunal Federal) em pedido de habeas corpus analisado pelo ministro Félix Fischer.

O fato de Gilmar Olarte ter sido preso também não revelou “desrespeito aos princípios da dignidade, do status libertatis e da razoabilidade”, também destacou o desembargador na decisão. Ao apresentar recurso à Justiça para tentar tirar da cadeia o ex-prefeito, a defesa chamou a denúncia feita pelo MPE (Ministério Público Estadual) de desleal.

Gilmar Olarte foi condenado por pegar folhas de cheque “emprestadas” de fiéis da igreja Assembleia de Deus, antiga Nova Aliança, e trocar por dinheiro com agiotas. Os recursos, que chegaram a somar prejuízo de R$ 800 mil para as vítimas, foram arrecadados para quitar dívida da campanha eleitoral de 2012, quando o pastor evangélico, fundador da Adna em Campo Grande, candidatou-se a vice-prefeito na chapa de Alcides Bernal (PP).