Olarte passará 10 dias preso na “Supermáxima” e depois vai para o Centro de Triagem. E a sua turma?

André Scaff e o chefe e ex-prefeito Gilmar Olarte

Preso na tarde de ontem (5) para cumprir pena de 8 anos de detenção pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, 50 anos, ficará os próximos 10 dias no presídio fechado da Gameleira I, conhecido como “Supermáxima”, onde deve passar em triagem para a Covid-19. Em seguida, ele será transferido ao Centro de Triagem Anísio, no complexo penal da saída para Três Lagoas.

Segundo o delegado Luís Tomaz Ribeiro, titular da Polinter (Delegacia Especializada de Capturas), Gilmar Olarte estava tranquilo e não resistiu à prisão. Ele detido no restaurante que administra e estava sozinho quando ficou sabendo da determinação judicial.

O ex-prefeito chegou ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) em viatura da Polícia Civil e não estava algemado. Ao deixar o local, ele tentou se esconder dos repórteres fotográficos. De lá, seguiu para a Penitenciária Masculina de Regime Fechado da Gameleira, onde as regras são rígidas e não ter histórico de entrada ilegal de celular.

Lá, seu destino provável é a cela 17, conhecida por presos “famosos”, como o ex-governador André Puccinelli, o réu da Omertà Jamil Name, quando foi preso em 2019, e o próprio Gilmar Olarte. Ele ficou no lugar em 2016, quando foi preso durante investigações da operação Pecúnia, que envolve também corrupção e lavagem de dinheiro.

A execução da pena começando em regime fechado foi determinada depois de negativa de recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça) em março deste ano contra condenação de 2017, em ação por corrupção e lavagem de dinheiro. Nesse processo, Gilmar Olarte foi condenado por pegar folhas de cheque “emprestadas” de fiéis da igreja Assembleia de Deus, antiga Nova Aliança e trocar por dinheiro com agiotas.

Os recursos, que chegaram a somar prejuízo de R$ 800 mil para as vítimas, foram arrecadados para quitar dívida da campanha eleitoral de 2012, quando o pastor evangélico, fundador da Adna em Campo Grande, candidatou-se a vice-prefeito na chapa de Alcides Bernal (PP).

Gilmar Olarte assumiu a prefeitura quando Alcides Bernal foi cassado pela Câmara, em 2013. Ficou até 2015, quando o ex-companheiro de chapa retornou ao cargo. Perdeu também o cargo de vice por decisão judicial. Com informações do site Campo Grande News