Na terra sem Lei ninguém é poupado! Dupla mata mãe e filha de 12 anos e polícia persegue suspeitos

Mãe e filha de 12 anos de idade foram mortas a tiros na madrugada de ontem (25) em Coronel Sapucaia, cidade sul-mato-grossense que faz fronteira com Capitán Bado (PY), elevando para 96 o número de assassinatos somente neste ano na região fronteiriça. Do total de execuções deste ano, 14 mortes foram em janeiro, 10 em fevereiro, 21 em março, 8 em abril, 18 em maio, 16 em junho e 9 em julho.

Segundo a Polícia Civil de Coronel Sapucaia, a família estaria dormindo quando os atiradores invadiram a residência. A princípio acredita-se que o objetivo era matar toda a família. O marido da vítima, padrasto das crianças, conseguiu fugir pela janela e saiu ileso.

Inicialmente, a liderança indígena da Aldeia Taquaperi teria dito que a motivação do crime seria religiosa, isso porque a família vítima do atentado “mexia com magia negra”. O fato relatado pela liderança é que a família teria feito alguma magia para que um membro de outra família morresse, o que teria ocorrido.

Essa família é suspeita de tentar se vingar, assassinando a mulher e a criança. O caso é tratado como duplo homicídio qualificado e também tentativa de homicídio e está em investigação. O delegado de Polícia Civil Edgard Punsky explicou que os relatos ouvidos até o momento indicam para a existência de brigas com uma família de indígenas de paraguaios.

Ainda não se sabe quantos disparos atingiram as vítimas e nem qual a arma usada. “Ainda não temos nada de concreto, mas a princípio a motivação seja religiosa sim”, disse o delegado, informando que segue procurando pelos suspeitos e uma das testemunhas que, para o delegado é peça fundamental para entender esse crime, fugiu para a fronteira com o Paraguai e não foi localizada até o momento.

Por enquanto, investigações iniciais levaram a crer que dois homens indígenas, que já moraram na mesma aldeia, poderiam estar relacionados com os crimes, mas que podem ser descartados pela investigação. “O menino integrante da família vítima do atentado está internado e é muito novo, mas reconheceu fotograficamente um deles. Já a comunidade apontou outro como suspeito”, finalizou Edgar Punsky.