Morte é investigada e Secretaria de Saúde confirma 10º caso de varíola dos macacos em MS

A SES (Secretaria Estadual de Saúde) confirmou ontem o 10º caso de varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul e a investigação de uma morte pela doença no Estado, que seria de um rapaz de 31 anos que estava internado no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) com os sintomas da enfermidade.

Conforme a SES, somente em agosto foram 19 notificações da doença e, desse total, 10 foram confirmadas, sendo oito em Campo Grande, uma em Dourados e uma em Itaquiraí. Todos os pacientes são homens, em sua maioria com idade entre 20 e 29 anos, enquanto os outros infectados somam 30% com idade entre 30 e 39 anos e 20% com idade 40 a 49 anos.

Todos os infectados apresentaram erupções cutâneas, 80% apresentou linfonodos pelo corpo e 70% teve febre. Os pacientes com a confirmação da Monkeypox estão isolados. Em todo o Brasil, são mais de 2.415 casos confirmados e apenas uma morte, em Minas Gerais.

De acordo com o Instituto Butantan, a varíola dos macacos pode ser definida como uma “doença febril” aguda, que ocorre de forma parecida à da varíola humana. No dia 23 de julho, a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou a doença como emergência de saúde global.

As formas mais comuns de contágio são: do contato com roupas ou lençóis (como roupas de cama ou toalhas) usados por uma pessoa infectada; do contato direto com lesões ou crostas de varíola de macaco; e da exposição próxima à tosse ou a espirro de um indivíduo com erupção cutânea de varíola.

Segundo as autoridades, o período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias e os sintomas costumam aparecer após 10 ou 14 dias. Além das erupções cutâneas, a varíola dos macacos causa dores musculares, na cabeça e nas costas, febre, calafrios, cansaço e inchaço dos gânglios linfáticos.

Em nota emitida na semana passada, o Ministério da Saúde afirma que o melhor método de prevenção para o contágio é reforçar a higiene das mãos e ter cuidado no manuseio de roupas de cama, toalhas e lençóis usados por pessoas infectadas.

Vale ressaltar que não há tratamento específico para a doença ou vacina contra o vírus, no entanto, a vacina padrão contra varíola também protege contra esse vírus. A varíola foi erradicada no mundo em 1980. Nos Estados Unidos, último país fora do continente Africado a registrar surto da doença no início dos anos 2000, não houve nenhuma morte causada pela doença.