Justiça endurece jogo contra máfia! Fahd e Name sofrem novas derrotas judiciais cruciais

A Justiça está fazendo jogo duro contra a máfia controlada pelas famílias de Fahd Jamil, 79 anos, e de Jamil Name, 83 anos, ambos já presos, sendo o primeiro desde o dia 19 de abril deste ano e o segundo desde o dia 27 de setembro de 2019. Na semana passada, o deputado estadual Jamilson Name (sem partido), filho do empresário campo-grandense Jamil Name, sofreu outra derrota na Justiça, onde tenta trancar a ação por formação de organização criminosa armada, lavagem de dinheiro e exploração do jogo do bicho.

Já ontem (04) foi a vez do juiz Roberto Ferreira Filho, titular da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, negar pedido da defesa de Fahd Jamil para que as ações contra ele fossem encaminhadas à Justiça Federal. Na decisão, é rejeitada a tese de “exceção de incompetência” alegada pelos advogados. O requerimento foi apresentado em processo à parte, sob o argumento principal de que, por haver um policial federal entre os acusados na operação, os autos deveriam correr na esfera federal.

Para a defesa, isso vale até para a denúncia de que Fahd Jamil ordenou a execução do chefe de segurança da Assembleia Legislativa, Ilson Martins Figueiredo, em junho de 2018. Se assim fosse, o andamento voltaria à estaca zero. Mas o argumento não prosperou com o juiz de piso. Agora, o caminho dos representantes legais do “Rei da Fronteira”, como é conhecido, é recorrer ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Ao dizer não para a solicitação da defesa, o juiz comentou sobre os motivos alegados. O reconhecimento das teses, prossegue, levaria ao declínio da competência para a 5ª Vara Federal em Campo Grande, responsável por processar e julgar crimes dolosos contra a vida no âmbito da Justiça Federal. Na leitura do magistrado, porém, não existe vinculação direta que determine a providência solicitada pelo escritório do criminalista Gustavo Badaró.

O policial federal citado na decisão é Everaldo Monteiro de Assis, o “Jabá”, na cadeia desde a primeira fase da investigação, em setembro de 2019. É acusado de montar agência ilegal de informações sigilosas para fornecer à organização criminosa sob chefia de Fahd Jamil, em Ponta Porã, e de Jamil Name, em Campo Grande. Jamil Name está preso há mais de um ano e meio.