Justiça condena a 40 anos de prisão homem que matou acadêmica brasileira de Medicina na fronteira

A Justiça do Paraguai condenou Christopher Andrés Romero Irala, de 31 anos, a 40 anos de prisão pelo assassinato da brasileira Erika de Lima Corte, 29 anos, que era acadêmica de Medicina em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS). Ela foi encontrada morta no mês de agosto de 2018 dentro do seu apartamento, tendo recebido vários golpes de faca desferidos pelo assassino.

O réu foi condenado a 30 anos de prisão mais 10 anos de medida de segurança pela morte da universitária. Christopher Andrés também é acusado de matar outra estudante, Daisy Patricia Benítez Gómez, de 25 anos, em 2012, sendo que a jovem foi torturada e esfaqueada até a morte pelo homem, que na época chegou a ser preso e depois liberado.

Ele então passou a trabalhar como eletricista com o pai e foi assim que conheceu Erika de Lima, que era natural de Pontal do Araguaia (MT) e estava no 2º ano de Medicina na fronteira. A Polícia do Paraguai prendeu o eletricista com o telefone da vítima, que foi rastreado após o crime. Ele fez um serviço no apartamento dela e ficou “encantado” com a jovem, que era muito bonita.

A mato-grossense foi morta na cozinha com duas facadas no peito e uma na altura do pescoço. O corpo foi arrastado da cozinha para o quarto e estava sem blusa. Além das três facadas, os peritos observaram mais 16 pequenas perfurações que indicam que ela poderia ter sido torturada pelo autor, não se descarta que a vítima tenha sofrido abuso sexual.

Erika de Lima era enfermeira formada com mestrado na área de Saúde Pública e já prestou serviço na Secretaria Municipal de Saúde de Pontal do Araguaia. O pai dela, Raniel Corte, foi prefeito por dois mandatos na cidade. O corpo da estudante foi velado em Pedro Juan Caballero, que parou para homenageá-la. Depois, o corpo seguiu para Pontal do Araguaia, onde foi velado na Câmara Municipal.

O então prefeito da cidade na época, Gerson Rosa, decretou luto de três dias e publicou uma nota de pesar na rede social lamentando a morte da estudante. A prima de Erika de Lima, vereadora Fabiana Corte, também lamentou a morte da estudante e disse que a família ficou bastante arrasada, inclusive com a mãe, a ex-secretária municipal Marleide Corte, teve de ser sedada para se acalmar.